sábado, 17 de maio de 2008


* Das coisas que passamos juntos *

Amor, no seu simples sentido, é amá-la quando ela se arruma para um grande evento, ver os fios loiros dela perfeitamente alinhados, a maquiagem impecável, o vestido azul que a veste tão bem e ainda fazer um comentário lisonjeiro tal como: "Tão linda quanto na primeira vez que nos vimos" (vez que eu não deixo nunca vocês esquecerem).
Amor, no sentido simples, é amar quando temos grana sobrando e podemos fazer compras sem pensar em contar o salário para o final do mês, é poder ajudar a pagar o notebook dela sem pestanejar.
Amor, no seu sentido simples, também é ter certeza que um dia vocês terão um apartamento legal e seus amigos legais aparecerão por lá para uma janta mais legal ainda.
Amor, no seu sentido simples, é amá-la quando ela ao passar pelo super lembrar que tu estavas com uma vontade homérica de comer croissant com queijo e goiabada e comprar uma dúzia daquela gostosura mesmo sabendo que por causa da tua dieta patética tu poderás comer apenas meio.
Amor, no seu sentido simples, é ter junto dela o cabelo mais elogiado da rua, o sorriso mais branco do quarteirão, a beleza mais completa do bairro. É ser o casal mais elogiado da cidade.
Agora, amor no seu sentido mais profundo, é acordar juntos numa manhã de sábado, e cuidar da enxaqueca da tua moça, ainda sabendo que vocês não poderão sair para parte alguma e tu terás que vê-la se contorcendo de dores, mas segurar na mão dela e dizer que tudo ficará bem.
Amor, nesse sentido, é passar mal por teres comido polentas oleosas numa noite de orgia alimentar, acordá-la no meio da noite, péssimo e ela correr para achar um remédio anti-enjôo para ti. Tu tomares um Plasil, colocá-lo para fora numa nova crise, e ela te receber com outro comprimido e dizer que mesmo descabelado, suado, tu ainda és o cara com que ela quer se casar.
Amor, nesse último sentido, é saber que às vezes as pessoas são um tanto melancólicas e respeitá-las por isso. Saber exatamente a hora de dizer: "Me dá um abraço?".
Amor, é ter coragem. Saber que haverão obstáculos. Haverão muros. Haverão urros, gente vaiando, pedradas, um pessoal chato que torce contra. E ainda assim, querer seguir em frente, porque a tua vida nunca foi tão bonita assim como agora a vida que tu tens ao lado dela.
Amor, nesse sentido mais complexo, é esperar. Mesmo que uma indecisão dure um mês. E dar de presente um livro do Caio Fernando ou flores amarelas como se esses fossem a salvação para um cotidiano monocolor como o qual tu costumavas ter.
Amor, finalmente neste segundo sentido, é saber que os fios de cabelo brancos irão surgir, minúsculos defeitos irão aflorar, a Sofia ficará em recuperação em Matemática, o dinheiro mais curto num mês não permitirá as férias sonhadas, o arroz feito por ela grudará no fundo da panela, o beijo de despedida de manhã terá que ser rápido por causa do horário a ser cumprido, possíveis alergias deixarão a pele aveludada feia, e ainda assim entender que a frase que tu ouves que mais te faz feliz é: "euteamomeuamor" dita por ela.
E saber, por um afinal de contas, que tu és o cara mais sortudo do mundo inteiro (por teres ela ao teu lado).


2 comentários:

Claudia disse...

e haja amor..

Anônimo disse...

Oi...

Só para dizer e repetir para todo mundo ouvir o quanto eu te amo, o quanto eu te quero, o quanto és tudo para mim.
Te amar é a coisa mais doce da minha vida, e a mais concreta, e a mais linda!

TE AMO MUITO!

Beijo.