sexta-feira, 28 de dezembro de 2007



* Do que ainda não sei explicar *


Não é pelo jeito que ela arruma os dois fios dourados no lado esquerdo da cabeça.
Nem pela maneira que os seus passos completam os meus.
Tampouco seria a paciência dela quando me explica sobre "comoasteclasdonotebooksãosensíveisequeeudeveriatermaiscalmaduranteadigitação".
Não é pelo imenso sorriso que ela me empresta cada vez que me enxerga do outro lado da rua.
Nem deve ser porque antes meu mundo era sonolento, triste, acinzentado e com ela... um novo mundo começa agora.
Também não é pela disposição que ela organiza os talheres na hora de jantar.
De repente seja um pouco por causa dos sonhos (bonitos) compartilhados,
por causa Sofia,
por Caio,
por nós dois.
Então deve ser sim por causa do amor.

PS: Casada contigo para sempre.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007


* Constatações sobre o encontro do amor *

No final do domingo, degustando de cada doce momento que os dois tiveram juntos, finalmente caiu a ficha.
Antes eram duas almas perdidas por aí.
Duas vidas independentes que não possuíam até então quase nenhuma conexão.
E agora...
Estão por cada poro de pele, fio de cabelo, cílio da pálpebra unidos.
A vida de um está completamente ligada à vida do outro.
São inseparáveis.
Deve ser isso então o amor.

PSI: Concordo contigo. Já ocupamos o mesmo espaço no mundo. Somos apenas um. : )
PSII: Um ótimo Natal aos leitores do blog. :D

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007


* Da poesia do céu cinza *


...Então interrompendo o silêncio todo que "ecoava" no lugar, ela disse:
- Ali, parece uma borboleta indo buscar o pólen de uma margaridinha.
Ele concordou com ela e jurava enxergar também uma segunda borboleta pousando na flor.
Já não existia mais dia nublado para aqueles dois.
Só existia o amor.


PS: Porque desde que o meu coração casou com o teu eu não sei mais ser triste.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007



* Das pequenas certezas - parte IV *

Era estranho para não dizer bem estranho mesmo.
Mas há uns três anos atrás ela tinha desistido de amar.
Não que as pessoas que ela conhecesse fossem chatas, desagradáveis, não que fossem "pouco-pouquinho".
Nenhuma das pessoas que ela conhecera tinha aquele jeito do fruto rubro e doce que tanto ela gostava.
Acontece que o coração dela nunca fora preenchido,
nunca fora assaltado,
é quase assim, antes, ela não sabia o que era ser feliz.
Ela preferia ter uma vidinha mais ou menos do que arriscar.
Só que um dia, meus caros, as coisas mudam para melhor.
E quando ela o viu naquela formatura (que vocês já sabem ser o ponto de reencontro dos dois)... se pôs a sonhar.
Via ele em seus pensamentos trajando a cor azul e uns olhos de poesia que ela não pôde resistir.
O mundo não era realmente tão bonito.
As pessoas não eram tão elegantes.
Não havia tanto respeito como ela gostaria...
mas agora ao lado dele, ela - meio boba até - só sabia sorrir.
PS: Porque somos amor, porque somos amora. : )

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007


* Do doce anseio *
ou ainda
* Sobre a minha morada*


Disseram que ela é feita de sonhos.
E com o maior decoro, educação, gentileza, eu os corrijo.
Ela é feita dos sonhos bons brotados da minha vontade (mais bonita).

PS: Saudade... : )

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007


* Do pedido - parte VII *


Vens ser borboleta comigo.
Vens ser sorriso no cantinho dos lábios.
Vens ser asa de passarinho.
E continues sendo este amor todo.
Vens dançar comigo quando todos dormirem.
Vens me beijar nas costas rapidamente sem que ninguém note.
E continues sendo carinho que eu gosto tanto de receber.
Sejas assim junto de mim, "menina-bailarina" de Encruzilhada do Sul, o casal coadjuvante mais bonito que já existiu (e que ganhará um "The End" bordado de neon, estrelas cadentes e um pra sempre bonito).
Sejas final de inverno, entrada afoita de primavera.
Sejas buquês pequeninos de marias-sem-vergonha.
Sejas comigo dois corpos que têm sede e nenhum pudor.
E continues a ser a pessoa mais gentil que eu já conheci.
Sejas poesia.
Sejas vida (comigo).
Sejas irresistível.
E continues sendo respeito, amizade e zelo.
Sejas minha mulher, por favor.

PS: "Amorzinho, zinho, zinho... " (porque eu adoro cantarolar as tuas queridas criações...rs).

terça-feira, 4 de dezembro de 2007


* Cântico furtacor para a menina "Amor(a)" *


Eles (os que são cinzas, pessimistas, que desacreditam, que não tem fé nenhuma) perguntarão.
E o que este tolo sabe?
E eu vos direi:
Sou dela e vocês têm razão, além disso nada mais sei.

PS: Obrigada, amor, por sempre me acompanhar. :D

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007


* Não por acaso *

...
- A moça mais bonita que já vi em toda a minha vida.
Não lembra bem como começou aquele diálogo, mas saiu não mais que de repente essa frase dele. O resto das pessoas continuou falando desordenadamente.
E continuou...
- Não que ele seja realmente a dona da maior beleza que vocês escolhessem. Mas como sou eu que estou dizendo o que sinto, deixa assim. Nunca irei esquecer a primeira vez que toquei aquele cabelo loiro. Estávamos descendo a escada da Casa de Cultura. Umas escadas frias, aliás não entendo bem como um casarão tão bonito e "salmon" possa ter escadas tristes assim. Bom, estávamos descendo e eu disse que pagaria a aposta, mas o beijo seria no rosto, não nos lábios.
...
A multidão se aquietou um pouco, tentando ouvir o que ele dizia. Alguns deles tentavam se encontrar no meio das entrelinhas da grande explicação sobre o amor.
Ele parou. Passou o dedo anelar esquerdo no queixo, como se tivesse algo por dizer e emendou:
- E o cheiro dela. Não há como descrever. Ela sempre cheira bem. Ela sai do chuveiro e tem aquele cheiro. Ela trabalha o dia inteiro, me dá um abraço no final do dia e ainda tem aquele perfume adocicado em meio aos poros. Deve ter em vez de entranhas, flores. Flores coloridas que a preenchem. Dentro dela há rosa amarela, jasmim, cor de ipê lilás como no início da primavera em Porto Alegre...
Então finalmente o burburinho todo parou.
É como se ele, apenas ele pudesse impulsionar o mundo todo com as suas palavras.
- ... me arrependo tanto de ter hesitado no primeiro beijo, entretanto não me arrependo de nada mais. Dos poucos dias vividos juntos e esta vontade louca que nos arrebatava. Tínhamos que nos despir logo para calarmos a vontade um do outro. Lembro do primeiro toque. O seio rosado dela encostado no meu peito...
Foi quando ele notou que uma platéia havia se formado em sua volta. Quietos, compenetrados esperando o que ainda estava por vir.
Um vulto conhecido adentrou a sala.
Ele ficou imóvel. Não por estar com receio, vergonha ou qualquer pudor de continuar aquela conversa.
Mas a menina loira havia chegado.
Ele se desculpou.
Recolheu o estojo, a mochila, o lápis sem ponta, se enroscou no braço dela e saiu por aí.
Havia (e há) pressa quando se quer ser feliz.

PS: Contigo, sou feliz. : )