sexta-feira, 30 de maio de 2008


* Do pedido - parte VIII *

Senhor que faz a brisa, os movimentos suaves, as borboletas em tons de mosaico, as joaninhas fêmea, as joaninhas macho, as tardes recheadas de algodão-doce e poesia, ela, os sorrisos "branco-azulados" dos galãs de novela, os novelos de lã que o gatinho chamado Floquinho tanto gosta, os beijos do beija-flor, os hibiscos alaranjados, as alminhas puras das crianças, o coração feito de papel antes vazio agora preenchido de papel crepom lilás da marca "Amor", ela, o último vagão do trem em que a moça com um lencinho nas mãos para dar "atélogomeuquerido" vem, a primavera das pétalas tingidas de pequenos milagres, o outono das arvorezinhas peladas e sem pudor algum, as marias-sem-vergonha que fazem sombras para os gosmentos, lentos, desatentos caracóis se deliciarem, ela, a menina de outrora que imaginava que não teria um romance como aquele que atualmente vive, os trapezistas do circo com suas manias de brincar de pássaro, Paris, Porto Alegre, Encruzilhada do Sul, a minha tia que faz aquela geléia de morango maravilhosa, ela, as fotos em preto e branco que adornam as paredes da casa da velha senhora (e que fazem ela sentir-se menos sozinha), o pudim-de-leite que a menina loira tanto gosta, as cores do sertão, os docinhos (bem-casados) dados de lembrança no fim do casamento para lembrar como a vida é doce, as luvas roxas que esquentarão as pontas dos dedos de Sofia, os cataventos que "giramegiram", as cartas apaixonadas que nunca serão ridículas, ela, o carnaval de antigamente com seus blocos de pierrôs e colombinas, os campos de girassóis, a saudade ... por favor, diz para ela se casar logo comigo!

PS: Casando dentro do coração... ; )

quinta-feira, 29 de maio de 2008


* A gente não sabe quando vai encontrar o amor de nossa vida * ou ainda * Do que é feito o amor? *


Não, a verdade é que esse texto dirá bem mais que isso.
E eu sei bem que esse título parece pretensioso tirado de uma agência de namoro de alguma cidade pequena ou ainda roubado de um comercial de margarina.
Sim, vocês já estarão a esse ponto visualizando uma mesa grande de café-da-manhã repleta de frutas, café, frios, pães, uma menina de tranças que para perto de si a jarra de suco de laranja (ou manda, a tonalidade poderá enganar), um menininho que não pára um segundo de "domar" a cadeira para a frente e para trás e um casal que prepara três sanduíches, dois cafés pretos bem fortes e uma mamadeira de leite adoçada com baunilha.
De repente após a troca de olhares do casal e um selinho rápido vocês visualizem na tela em letras garrafais: "Margarina Beltrana: levando cor aos seus dias".
Mas acontece que o amor não é feito assim.
Não é um comercial de margarina com um cenário impecável, com figurantes lindíssimos, com falas devidamente planejadas. Amor, o verdadeiro, é feito de abraço.
Abraço apertado como o que ela me deu ontem à noite, quando a chuva que caía lá fora, o medo, a insegurança fizeram de mim um cara triste.
E ela sabendo disso me abraçou contra o pijama azul velho (e eu juro que apenas ela veste bem), ajeitou a cabeça próximo a meu pescoço e disse:
- Adoro sentir o cheirinho bom que mora no cantinho do teu nariz.
E eu por um instante não achei meu nariz tão desproporcional, feio, "abatatado".
E ela continou:
- Quero morar logo contigo.
Dessa vez não inundei meus olhos de melancolia, mágoa. Os inundei de emoção.
Isso tudo é para dizer que o amor não é para ser perfeito, esperto, descolado, fino, elegante, refinado, cauteloso.
O amor é feito para encher de esperança as horas cinzas.
O amor é feito para acreditarmos que teremos mais vitórias que derrotas e que quando algo sair errado, teremos alguém ao lado para nos impulsionar.
O amor é feito para saber que talvez a Sofia não queira seus fios loiros sufocados numa trança.
O amor é feito para aprender a gostar de nomes compostos, e que graças a mulher da tua vida teu filho se chamará Caio Fernando.
O amor é feito para tu ires à academia mesmo após vinte e seis anos de sedentarismo pleno, mas bem acompanhado.
O amor é feito para acreditarmos novamente nas pessoas (por mais que outras façam por não merecer).
O amor é para se acreditar JUNTO no pra SEMPRE.
O amor, meus senhores, foi feito sob medida para ela e eu.

PS: "Me too".

quarta-feira, 28 de maio de 2008


* Sobre o temporal *

Ela estava voltando para a casa, mas não daria tempo. O céu estava cinzento e tormentoso, pequenas faíscas prateadas o riscavam de ponta a ponta.
Apressou o passo, no entanto os pés doídos com a botina escura e alta não pareciam ser mais comandados por ela. A parte inferior do pé estava dormente e por mais que ela aumentasse a velocidade da caminhada não conseguiria.
E isso não se deve ao fato de ser "pessimista" como a mãe dela falava. A chuva estava chegando e ela só pensava em conseguir chegar.
Estava com uma mochila nas costas, no braço levava uma sacola com algo bonito dado por ele, e ainda a bolsa pesada com mil apetrechos que a acompanham por aí.
Na medida que vencia ruas e ruas, ela enxergava pelas janelas uma corrida contra o tempo. Eram senhoras tirando as roupas do varal, eram crianças procurando guarda-chuvas. Eram homens fechando as persianas.
Ela deveria ter ouvido ele.
A sombrinha prateada estava ali, mas ela com a velha preguiça e uma certa impertinência não se vergou ao pedido dele. Dona de si saiu porta a fora quando ele ainda falou:
- Tu não vais levar mesmo?
Naquela hora ela deixou um beijo com ele, contudo levou consigo aquela teimosia que lhe era inerente. Agora não poderia reclamar, não tinha chegado nem na rua da República e o céu parecia querer transbordar.
A chuva iniciou lavando os carros que passavam, os altos apartamentos, as senhoras baixinhas. E ela, coitada, não sabia o que fazer.
Uma enxurrada sem fim vinha, nem o maior guarda-chuva que existisse seria capaz de conter aquela torrente molhada.
Estava acostumada com as outras vezes quando ficava "encharcada" de água de chuva e não emprestavam nem toalhas para ela se secar. Naquele tempo que ela só conhecia gente egoísta, chata, apática.
Daquelas vezes em que poderia se afogar num temporal e que não sentiriam falta dela.
Mas dessa vez, era diferente (presentemente alguém a amava).
Foi quando ELE surgiu.
Não num cavalo branco como as historinhas da carochinha exigiam.
Ele vinha num barquinho diminuto, feio e descascado para tirá-la dali.
Quando o viu, ela pulou para dentro do barco. Sorriu. Esperou ouvir um: "eunãotedissequeiriachover?". Todavia, ele segurou as mãos umedecidas dela, as enrolou em seu cachecol branco e como um genuíno príncipe encantado disse:
- Eu te amo e SEMPRE te salvarei.

PS: Porque poderá haver desfechos que eu invento, mas existe uma história de amor real que nós dois vivemos.

segunda-feira, 26 de maio de 2008


* Dos encontros *


Quando a gente se apaixona (verdadeiramente) pela primeira vez é como se fôssemos acertados com mil dardos que não ferem e suas pontas têm um cheiro forte de jasmim que nos preenche no primeiro contato.
Nem sei bem quando foi que aconteceu.
Lembro que num dia estávamos sentados e comportados numa escada ao ar livre (coisas de Gasômetro, coisas de Porto Alegre).
Num outro dia de mãos dadas em cima de uma mesa de plástico trocando pequenas juras e pequenos lamentos (talvez por não termos nos encontrado anteriormente).
E finalmente num quinto encontro nossas roupas se viram embaralhadas no chão do quarto e nós dois abraçados, com as pernas enleadas desejando que o mundo parasse e que não precisássemos mais sair dali.
(O amor deve ser bem assim).



quarta-feira, 21 de maio de 2008

* Pequenas dicas para se encontrar o GRANDE amor *

Não, absolutamente não. Não se encontra o amor. Ele te encontra. Te encontra absorto em devaneios, sonhos loucos, e sozinho.
Dentro de mim, antes dela, havia uma calmaria pontual. Como se os dias não passassem. Como uma eterna sensação de "déjà vu" morno, monótono tomasse conta de mim.
E eu, como esses rapazinhos afoitos que compõem a juventude, queria que algo surpreendente acontecesse. Mas isso apenas na teoria. Na prática eu não fazia que nada estrondoso acontecesse.
Mas preciso dizer pra vocês, nada aconteceu.
Dois anos e pouco esperei por uma grande revelação. Mas os deuses, os céus não contribuiram comigo. E eu continuei naquele jeito tépido de levar os dias.
Devo também confessar que achei que minha história seria assim: uma vida frouxa e ponto. Um cara bacana com um empreguinho meia-boca e com uma namorada só pra fazer constar nas listas de casamentos que viriam (não o meu e sim dos que me circundavam).
Mas o amor, como eu disse lá no início, um dia nos encontra.
E tu podes ter oitenta anos.
Ter seis anos.
Ser uma menina franzina.
Ser careca, ter uma barriguinha saliente e ainda assim o amor te encontrará.
E devo dizer que quando ocorre o cotejo com o amor, nem sempre aproveitamos a chance.
Às vezes se é velho demais.
Às vezes se é ocupado demais.
E até seco demais.
Mas quando o amor acontecer esqueças dessas vezes.
Tenhas coragem. O amor requer um bom punhado de coragem. Coragem para dizer "sim".
E sejas bonito. Não bonito através dos poros, e sim dentro do músculo escarlate pulsante.
Não esqueças de ser educado. As pessoas gostam de ser bem cuidadas.
Sejas fiel. Fidelidade não mata. Tu não perderás por não viver um casinho com aquela morena alta que mora no andar de cima do teu apartamento. Lembre-se que será a tua moça loira (ou leia-se: o teu grande amor) que irá segurar as pontas quando tudo der errado. A moça vistosa do andar de cima no primeiro problema abrirá a porta e sairá pelo mundo. Já o teu amor será o teu mundo.
Sejas atencioso. Cartões de amor serão bem-vindos. Atitudes amorosas ainda mais. Tu podes fazer uma concessão nessa tua impassibilidade toda e no meio da manhã ligar para ela e dizer: "Só liguei para ouvir a tua voz...".
Sejas criativo. Não precisas encher o nome dela em todos os outdoors que conheceres, no entanto podes dar a ela um cartazinho minúsculo onde os nomes de vocês dois estejam entrelaçados. E dizer que pensou nela. Ou não dizer. Após esse gesto ela saberá que teu pensamento mora no lar dela.
E finalmente, quando o amor chegar, não percas tempo. Sejas feliz já.
O amor me encontrou e desde então sei apenas ser uma tarde ensolarada no Gasômetro no meio de setembro.
PS: Ebaaaaaaaa, ebaaaaaaaaaaa... comemorações a caminho!!! :D

segunda-feira, 19 de maio de 2008


* Da conversa pela manhã *


Ele liga pro trabalho dela e pergunta:
- E então, amor, conseguiste o feriado todo?
Ela responde baixinho, com uma voz quase sumida:
- Sim, quer dizer, mais ou menos o meu chefe concedeu, mas ele terá que falar com o superior dele. Estou nas mãos daquele cara chato.
Ele diz:
- Está bem. Irei rezar um bocadinho por ti para que tudo dê certo.
Ela fica um tanto surpresa, a voz quase sumida se altera um pouco:
- Um bocadinho?
Ele (divaga):
- É, o resto do tempo eu fico orando e pedindo a Deus para que a gente tenha logo a nossa vida, o nosso apartamento, os nossos filhos. Não dá pra ficar ocupando a Ele todo o tempo, não é?

PS: ão, ão, ão... que seja feriadão. : )

sábado, 17 de maio de 2008


* Das coisas que passamos juntos *

Amor, no seu simples sentido, é amá-la quando ela se arruma para um grande evento, ver os fios loiros dela perfeitamente alinhados, a maquiagem impecável, o vestido azul que a veste tão bem e ainda fazer um comentário lisonjeiro tal como: "Tão linda quanto na primeira vez que nos vimos" (vez que eu não deixo nunca vocês esquecerem).
Amor, no sentido simples, é amar quando temos grana sobrando e podemos fazer compras sem pensar em contar o salário para o final do mês, é poder ajudar a pagar o notebook dela sem pestanejar.
Amor, no seu sentido simples, também é ter certeza que um dia vocês terão um apartamento legal e seus amigos legais aparecerão por lá para uma janta mais legal ainda.
Amor, no seu sentido simples, é amá-la quando ela ao passar pelo super lembrar que tu estavas com uma vontade homérica de comer croissant com queijo e goiabada e comprar uma dúzia daquela gostosura mesmo sabendo que por causa da tua dieta patética tu poderás comer apenas meio.
Amor, no seu sentido simples, é ter junto dela o cabelo mais elogiado da rua, o sorriso mais branco do quarteirão, a beleza mais completa do bairro. É ser o casal mais elogiado da cidade.
Agora, amor no seu sentido mais profundo, é acordar juntos numa manhã de sábado, e cuidar da enxaqueca da tua moça, ainda sabendo que vocês não poderão sair para parte alguma e tu terás que vê-la se contorcendo de dores, mas segurar na mão dela e dizer que tudo ficará bem.
Amor, nesse sentido, é passar mal por teres comido polentas oleosas numa noite de orgia alimentar, acordá-la no meio da noite, péssimo e ela correr para achar um remédio anti-enjôo para ti. Tu tomares um Plasil, colocá-lo para fora numa nova crise, e ela te receber com outro comprimido e dizer que mesmo descabelado, suado, tu ainda és o cara com que ela quer se casar.
Amor, nesse último sentido, é saber que às vezes as pessoas são um tanto melancólicas e respeitá-las por isso. Saber exatamente a hora de dizer: "Me dá um abraço?".
Amor, é ter coragem. Saber que haverão obstáculos. Haverão muros. Haverão urros, gente vaiando, pedradas, um pessoal chato que torce contra. E ainda assim, querer seguir em frente, porque a tua vida nunca foi tão bonita assim como agora a vida que tu tens ao lado dela.
Amor, nesse sentido mais complexo, é esperar. Mesmo que uma indecisão dure um mês. E dar de presente um livro do Caio Fernando ou flores amarelas como se esses fossem a salvação para um cotidiano monocolor como o qual tu costumavas ter.
Amor, finalmente neste segundo sentido, é saber que os fios de cabelo brancos irão surgir, minúsculos defeitos irão aflorar, a Sofia ficará em recuperação em Matemática, o dinheiro mais curto num mês não permitirá as férias sonhadas, o arroz feito por ela grudará no fundo da panela, o beijo de despedida de manhã terá que ser rápido por causa do horário a ser cumprido, possíveis alergias deixarão a pele aveludada feia, e ainda assim entender que a frase que tu ouves que mais te faz feliz é: "euteamomeuamor" dita por ela.
E saber, por um afinal de contas, que tu és o cara mais sortudo do mundo inteiro (por teres ela ao teu lado).


quinta-feira, 15 de maio de 2008


* Dos coletivos *

Hoje quando eu estava indo te buscar no trabalho, encontrei um cartaz no caminho que me chamou a atenção. Nele estava mais ou menos escrito o seguinte: "Encontrei o teu molho de chaves. Se quiseres de volta me procures no endereço...".
Eu remeti aquela frase à minha época de criança na qual fiquei abismado quando a professora na aula disse que o coletivo de chaves era molho.
Eu compreendia molho de tomates, e sendo uma criança adepta de conhecimentos gastronômicos até o molho madeira me parecia uma perdição (uma boa perdição, leia-se).
Mas eu não conseguia vislumbrar uma massa com molho de chaves. Era pensar naquilo e meu estômago todo embrulhava.
E assim fui aprendendo outras coisas.
Como o coletivo de borboletas que era panapaná ou bando. Achava que a primeira palavra soava um tanto poética, mas a segunda era feia, grosseira. Como se umas bonitas e inofensivas borboletas fossem capazes de andar em turmas, gangues. Borboletas más que se comunicavam por gírias e espancavam outros artrópodes que se intrometessem em seus caminhos.
Tantas preocupações fizeram que eu passasse a quarta série inteirinha procurando coletivos para coisas inimagináveis.
Passado todo esse tempo o único coletivo que ainda me interessa é aquele formado por ela e eu.
E o coletivo dela e eu é AMOR.

PS: Sexta-feira chegando!!!

quarta-feira, 14 de maio de 2008


* Inteira *

Eu não estive esperando por um homem inteligente, companheiro, fiel, solidário, romântico a minha vida toda (até o dia em que apareceste).
Eu nunca fui uma dessas mocinhas bonitas bem bonitas que esperam pelo príncipe encantado por anos a fio.
Não me olharam na rua como se eu tivesse uma dessas belezas capazes de arrastar simples mortais por quarteirões inteiros. Eu sou a pessoa que carrega em suas bolsas coloridas poesias (para te ofertar ao final do expediente).
Fui conhecida como a menina engraçadinha e só. Eu tinha uma piada na ponta da língua e a utilizava no momento oportuno. Eles ririam, se lembrariam das minhas mechas afogueadas e deu.
Nunca fui adepta dos números, das fórmulas. Gostei sempre de citações de desconhecidos. Ou não tão desconhecidos assim.
Não me tornei tão íntima de alguém a ponto de doer o coração quando ocorresse a despedida. E por isso eu me desculpo. Apenas por isso. Não permiti que encontrassem minha alma serena inteiramente desprovida de proteções, carapaças.
Se me entrego a ti hoje é porque estou curada de todos os males que antes me atormentavam.
Minha alma está repleta de fendas por onde tu podes adentrar quando bem quiseres (e por favor, me queiras sempre).
Estou curada de uma vida "assim-assim" ocorrida antes de ti.
Atualmente estou livre das tonturas, dos enjôos, das feridas que provocaram em mim.
Cá estou, despida de pudores, castidades. Completa de felicidade, sonhos, projetos, persistência e coragem.
Estou inteira pra ti.

PS: Saudade (só pra variar um pouquinho).

terça-feira, 13 de maio de 2008


* Do um ano, sete meses e três horas de delicadeza *

Porque és pétalas de flores espalhadas pela casa.
Ou pelo apartamento que ainda teremos.
Porque és linda. Mas não no simples significado desta palavra. És obra-prima. É um quadro de Monet revisitado. É como se esses caras todos que se munem de pincéis para pintarem telas grandiosas nada mais soubessem da beleza do mundo após te verem.
E se te verem por aí, querida, e falarem sobre os teus bonitos traços como o moço da padaria eu juro que digo bem alto: " Respeito, essa moça é minha".
Mas às vezes falta-me a coragem, desculpa.
E é nesse momento que tenho junto aos meus passos os teus.
Canso de ser um sapinho covarde.
Então eu viro o príncipe que nunca fui.
Para ti, quero apenas ser melhor.
Das outras vezes gostei sozinho.
É como se eu depositasse um pouco de poesia em dias cinzas e me devolvessem temporais intermináveis, choros e lágrimas.
Porque és desde então o meu arco-íris. Sejas com o azul, o roxo, o "vermelho-amora", o laranja, o "verdinho esperança", o anil ou qualquer uma das outras cores...depois que apareceste nos meus dias, a minha vida mudou.
Não poderiam me censurar. É a primeira vez que amo, senhores, e sou amado na mesma intensidade.
O que for desamor deixo para aqueles que não mais sonham.
Há quase dois anos venho contemplando o que é amor.
PS: Parabéns pra você nesta data que-ri-da... : )
PSII: Porque hoje o PS I não tá nada original, mas o que vale é a intenção. :D

segunda-feira, 12 de maio de 2008


* Mais uma sobre o amor *

(Talvez seja por isso que preferimos o amor:)
Na manhã de ontem, ele me despertou com um beijo e um sorriso, e ainda uma frase que saiu bem rápida, mas que dentro de mim vibrou durante o resto das horas do dia:
- Parabéns pelo dia das mães à futura mãe do Caio e da Sofia.
PS: E como não te amar?
PSII: É bom saber que meu destino está definitivamente interligado ao teu.

quinta-feira, 8 de maio de 2008


* Para ela *


Vocês podem estar pensando:
" E aí?"...
Mas isso é porque vocês não experimentaram essa sensação que vivo.
Entendam bem, essa canção é sobre ela.

É como se não existisse mais as coisas bonitas,
as coisas bonitas todas juntas são ela.
São estrelas, cor, abraços demorados, bonequinhos de biscuit sobre a cômoda.
Poderia ser sobre o caminho de tijolos amarelos que levam até os sonhos de menino,
mas por favor, não se engane,
essa canção é sobre ela.

Todos estavam chateados, todas as segundas eram assim.
Mas quase dá pra esquecer de todos os receios, medos quando se fala de amor,
e eu aqui declamo o meu.
Desculpem os outros,
não fiquem incomodados.
Mas essa canção é sobre ela.

O salário acabou,
O pequeno São Jorge se espatifou no chão,
o dia ensolarado se transformou num temporal,
eu não trouxe o meu guarda-chuva prateado,
minhas meias estão molhadas,
mas não há problemas,
estou cantarolando a canção que é sobre ela.

As meninas riscaram de giz rosa toda a esquina da rua,
eu joguei a pedra o mais longe que pude
e ela caiu em cima de "Céu".
Eu sorri.
Foi só pensar na moça que casa comigo todos os dias pelo resto dos dias que tudo dá certo.
Como eu já disse, essa canção é sobre ela.

A tarde de sábado estava gélida,
ela saiu do banho (nua) com uma única toalha enrolada no cabelo loiro...
espantando o frio pra longe.
Ah se eu pudesse...
Essas poucas estrofes são apenas para vocês saberem um pouco mais a respeito do amor,
e essa canção é sobre ela.

PS: "Se você vivesse sempre ao meu lado eu não teria motivo para correr e devagar eu andaria...". ; )

quarta-feira, 7 de maio de 2008


* Sobre os ingredientes de uma história de amor *

Para se viver uma verdadeira história de amor é necessário um palco assim bucólico. Uns ares pastoris, campos verdes, uma festa "de tardezinha".
Pode ocorrer num baile e pra esse evento tu não podes ter sido convidado. De repente uma formatura de uma pessoa que nem conversa contigo direito. Mas estejas lá presente, é nessas horas que o mundo conspira ao teu favor. E é lá o lugar que a moça que irá aquecer o teu coração durante o resto de invernos se encontra.
Se fores uma moça corras ao cabeleireiro. Peças uma escova que deixe teu cabelo solto, volumoso. Algo assim como aquelas madeixas que enchem os nossos olhos nas propagandas de xampu. Ou ainda, utilizes uma tintura vermelha no cabelo. Ou roxa, ou turquesa, qualquer uma dessas cores berrantes e te tornes o centro das atenções.
Se tu fores um rapaz robusto, faças dois dias de dieta, passe mal no terceiro dia. Mas entre naquele casaco risca de giz que nunca ousaste experimentar. Sejas um galã.
Para se viver uma história de amor é imprenscindível o momento certo. E este momento demora. Mas chega. É preciso que tu te posiciones estrategicamente na porta do lugar, do cenário escolhido. De costas, preferencialmente. E nunca dirijas teus olhos castanhos para a entrada. Espere a garota dos teus sonhos chegar e só aí incline teu rosto delicadamente pra que ela possa também saber que este tempo todo estiveram um esperando pelo outro.
Para se viver uma história de amor é necessário ter dentes saudáveis. Mas tudo bem se um dos componentes do teu sorriso for um pivô. Tu tentaste, e é isso que mais conta.
É inevitável sorrir quando todos tiverem ao ponto de chorar.
É necessário fogos de artíficio no céu. Pétalas rosáceas cobrindo o chão.
Para se viver uma história de amor é urgentemente necessário que se busque frases românticas de poetas que suicidaram em razão do amor. E dizê-las em momentos oportunos.
E vale lembrar, para viver uma história de amor é indispensável ser elegante. Não fale nada além do que o que for a ti solicitado. Mas fales algo inteligente, descontraído. Para que ela recorde da tua pequena observação no final da noite e tenha certeza que tu és o cara da vida dela.
Para se viver uma história de amor é inevitável dinheiro. Um pouco ao menos de grana, para que tu possas comprar um buquê de gérberas amarelas no "início do início" e dizer que é pela amizade que os une. E depois, quando ela menos esperar, ofertar um buquê de rosas vermelhas e dizer: "A coisa mais grandiosa que você aprenderá é apenas amar e ser amado de volta...". Parafraseando Satine e Christian. E ela, com certeza, nesse instante estará derretida por ti.
Vale lembrar que para se viver uma história de amor é preciso dar o melhor de si. Eu não sou o moço ideal, ela não é a moça ideal, mas nós fazemos o sentimento que nos associa o mais bonito que há.
Mas esqueces tudo o que eu falei.
Porque às vezes para se viver uma história de amor dessas que vos falo...
basta ela e eu.

PS: Quarta-feira!!! :D

terça-feira, 6 de maio de 2008


* Na próxima vida*


- Eu sei, mas podes escrever aí. Em letras garrafais.Como se fosse em neon. Pode ser em verde limão. Rosa "limão". Aquela cor gritante, aliás a mais gritante que tu tiveres aí. Mas capricha, de modo que ela passe longe e enxergue. Ou que alguém que a conheça veja e diga para ela.
O rapaz meio sem saber o que realmente o que ele queria resolveu investigar:
- Senhor, de uma vez por todas, podes me explicar o que está acontecendo?
Ele então tenta responder:
- É o combinado da última vez que nos vimos...
Não entendendo nada, o moço franzino continuou procurando obter uma solução para aquele alarde todo:
- Um acordo?
Ele continuou tentanto elucidar cada um dos pontos que compunham aquela história:
- Ela é um tanto desligada, não me enxergaria num mar de gente. E como não sabemos onde fica "Montauk" como Clem e Joel daquele filme bonito, resolvemos isso. Nos encontraríamos nessa vida num lugar conhecido. Num lugar conhecido de sonhos. Talvez aquele sonho que vivemos uma vida toda recriando. E Paris, é sonho. A cidade luz. Eu sei que pareço um pouco louco. Mas ela é um pouco avoada, e é essa uma das características que mais gosto nela. O mundo pode estar ruindo e ela estará sorrindo de alguma bobagem que eu disse. Tu gostarias dela, rapaz. Se a conhecesse também acharia que ela é uma das pessoas mais incríveis que já viu...
O rapaz, agora mais sereno, começava a entender tudo o que ele dizia.
- ...mas voltando ao assunto. Eu acho que a Torre Eiffel seria algo romântico. Nossos filhos, sempre diziam que acabaríamos um dia aqui. Eu achei que seria naquela última vida que vivemos juntos, mas tivemos dois filhos, um cachorro, uma casinha na praia, algumas viagens, as faculdades de nossos filhos, os casamentos de nossos filhos, e sabes como é, gastamos um pouco além, não deu pra conhecermos Paris. Mas cá estamos, com uma nova chance. De repente seja um aprendizado, mas é bom aprender ao lado dela. Precisaríamos de um ponto de encontro pra essa vez. Então eu achei que seria bacana, mas como falta dinheiro pra escrever uma frase mais profunda deixo assim. Ela saberá que sou eu. Sou um cara estranho e ela sabe. E deve ser uma das coisas que ela gosta em mim. Bom, meu caro, é isso.
O rapaz, com o rosto iluminado pelo sol do meio dia e pela longa explicação, finalmente entendeu sobre o amor e disse:
- Ela saberá quando ver.

PS: Para as próximas vezes então já fica combinado.
PSII: Valeu? Valeu!!!
PSIII: Combinado? Combinado!!!
PSIV: Eu queria colocar aqui um oito deitado, mas deixa assim. : )