segunda-feira, 26 de outubro de 2009


* Do teu girassol *
Bendito seja o teu nome.
Rezo assim, todos os dias, antes que o anjo do sono venha me fazer sonhar (contigo).
Perguntam a mim: o que é o amor?
(-É desa-linho de roupa (penso).
-É desa-cordo por deuses perfeitos. É acordo por gente feliz (penso).)
-É desa-tino de alma, respondo.
Nossas vidas, ainda bem, não cabem numa mera estrofe em meio de uma prosa poética.
É assim...
Antes de nos conhecermos nossas histórias cabiam em quatro, cinco linhas.
Coisa bem curta, sem grandes emoções.
Num mundo árduo, cinza, de barreiras e construções intransponíveis, nosso amor aconteceu.
Girassóis, girassóis, girassóis que te cobrem, que me fazem acreditar.
(Amamos um no outro até o barulhinho que faz os cílios quando encontra com a brisa).
Será realmente bonito contarmos aos nossos filhos.
E um desesperançado coração avulso lerá essas linhas docemente bordadas e questionará:
- Para que falar de amor?
Nós dois, numa única voz, ainda diremos:
- Realmente, não precisamos. Nós simplesmente fazemos acontecer o amor.
PS: Nas próximas postagens tentarei usar textos antigos. Beijos aos que amam!!!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009


* Sobre algumas outras histórias *

Sempre quis compreender o raciocínio daquela gente má.
Não conseguia entender como alguém poderia mentir tanto:
Heloísa já havia tentado retalhar os seus pulsos acinzentados milhões de vezes e fazia de Leo seu bode expiatório predileto. Era como se Leo fosse propriedade de Heloísa. E como Heloísa era má. Assassinava Leo diariamente com aquela coisinha pouca de sentimentos ardilosos, que cheiravam a mofo e maldade. Leo sentia-se só no mundo e mal acreditou quando conheceu a menina loira que o salvou de um mundo repleto de mau agouro. Leo agora está salvo.
Não entendia como alguém poderia trair tanto assim:
Vidinha era uma pessoa horrorosa. Não só feia de "cara". Feia de coração. Vocês sabem como é essa gente. Aquela pessoa tão insegura que será capaz de trair a pessoa que "ama" com qualquer um. Ou qualquer um que lhê dê alguma chance. Vidinha tentava trair Bruno com todos que conhecia. Vidinha era uma menina gritona, com cabelo seco e um jeito oferecido, o qual vocês não gostariam de conhecer. Bruno tinha olhos grandes e alma boa, entretanto acreditava em todas as asneiras contadas por Vidinha. Vidinha teria que vir umas 17.000 vidas para tentar se purificar um pouquinho. Eu disse: "um pouquinho". Bruno tinha toda aquela ladainha de Vidinha como verdade absoluta. Ficou sem amigo nenhum, vida nenhuma. Se nutrindo daquela coisa pequena que Vidinha lhe oferecia. Mas como toda história tem um final feliz, Vidinha começou a desenvolver um mau hálito crônico. E não conseguiu trair Bruno com mais ninguém.
Também não entendia essa gente que fica apenas cuidando a vida dos outros:
Irielete. Nome péssimo, eu sei. Desculpem as Irieletes do mundo inteirinho. Essa mocinha era abominável. Assim, se o "Abominável Homem das Neves" a conhecesse, deixaria esse título para ela. Irielete era má. Falava mais que a própria boca. Chamava de amigo e engalfinhava por trás, as costas todinhas. Irielete aprisionava um príncipe em seu calabouço e jurava aos quatro ventos que aquilo era amor. Pois digo uma coisa, isso tudo é acomodação, Irielete.
Queria entender aquela negatividade toda.
Felizmente, não teve tempo.
Ela deu-lhe a mão e num passo apressado o levou, ainda dizendo:
- Não dá tempo agora, amor. Entende assim...talvez sejamos camomila no meio de ervas daninhas.

PS: Desculpem por eu não postar um texto antigo hoje, fiquei com vontade de homenagear alguém que diz que temos apenas coisas bonitas para comemorar.

terça-feira, 13 de outubro de 2009


* Das três palavras mágicas *

Faz-de-conta então que estamos em Paris.
E em Paris teremos todos aqueles rituais de amor com os quais estamos acostumados.
Poesia.
Balões coloridos.
Sorrisos.
Olhares marejados.
Acreditamos em Deus.
Acreditamos em nossos futuros filhos.
Brindamos com xícaras repletas de expressos quentes esse sentimento. Sentimento bonito.
No início, em menos de oito dias, quando menos percebi, dei-me conta que olhava para o mesmo ponto que tu, vislumbrando um futuro que apenas aqueles que crêem nas bolinhas de sabão, bicho-papão bonzinho que mora no armário, mariola de morango...poderiam crer.
É aquela coisa além de precisar, de amar. É ter um companheiro para o resto dos teus dias, e começo de outras vidas que ainda virão. E que sim, compartilharemos juntos.
Basta ligares no final do dia e eu me visto de esperança, felicidade e vou ao teu encontro.
Porque, querida, tu tens o dom!
És as minhas pequeninas certezas, gigantescas vitórias.
Três anos e ainda tenho meu músculo escarlate a pulsar como se fosse o primeiro contato.
Três anos e tenho a convicção que não é nossa primeira vida juntos.
Por caminhos antes desconexos, estamos unidos.
Tu que bebes pouca cerveja preta, tens os olhos verdes mais belos, jeito sereno, és libriana e bonita como ninguém.
Ao teu lado é apenas o amanhecer infinito...
E três palavras bastarão para um fim merecedor de "chave-de-ouro":
eu te amo.

PS: Faz-de-conta que estamos em Paris, tenho nas mãos um ramalhete de girassóis amarelos, e um convite para jantar. Aceitas? : )

quinta-feira, 1 de outubro de 2009


Da série postagens antigas - parte XXXVII - texto do dia 07/03/2007.


* Sobre Clementine, Joel e o para sempre * (ou ainda *Sobre nós dois*)

- Lembra como foi na primeira vez?
- Lembro sim. Eu te olhei, mas tu não me olhaste.
- Olhei sim, logo que cheguei lá, te vi.
- Mas eu estava de costas. Eu não te vi. Vi teu nome na lista. Doeu um pouco meu coração, mas na mesma hora pensei: "Pára, idiota. Tu estás namorando.".
- Mas pensou em mim?
- Não consegui dormir as noites anteriores da festa. Sonhava com teu nome na lista. O teu nome que rima com "mel". Como gostaria de ter aquele teu doce todo. E me punia por pensar assim.
- Ainda bem que não ficou te punindo a vida toda.
- Ainda bem mesmo.
- Eu não esperava que tudo isso acontecesse.
- Eu esperava.
- Não sabia de onde tirar coragem. Daí eu abri a minha cartola com borboletas mágicas e acreditei.
- Fico feliz.
- Te ter na minha vida é uma vitória.
- Me beija?
- Vamos ser felizes pra sempre!

PS: A tua borboleta gravada no ventre permanecerá para sempre na memória do meu coração.