Se o meu coração pudesse falar, querida.
Se o meu coração ousasse ter voz, ele diria teu nome.
Se o meu coração ousasse ter voz, ele diria teu nome.
Falaria das vezes em que te encontra do outro lado da rua e gostaria de poder ser mais breve que todos aqueles carros importados, feios e frios que atravessam a Mostardeiro.
Quando tu pousas tua mão direita na testa evitando o forte sol pra que possa enxergar melhor a sinaleira ficando ainda mais bonita
(e se tu soubesse da ansiedade que sou tomado nesse momento).
Meu coração diria das horas em que perco tentando reconstruir mentalmente o tom exato do teu perfume, do cheiro da tua pele, do gosto do teu lábio inferior, do teu abraço acolhedor, da textura da tua camisola verde clara, das tuas mãos que dançam com as minhas um tango doidivanas.
O meu músculo escarlate falaria da saudade que sente quando tu olhas pela segunda vez pra trás para dar um último adeus (e eu sempre fico ali arrebatado, doente de amor orando pra que tu possas ficar mais cinco minutos).
Se a minha poesia, se a minha alma, se meu canto desafinado, se meus dedos, se meus castanhos olhos pudessem te ofertar uma parte apenas da felicidade com a qual me acomoda... te tomaria no final da tarde, te prenderia em meus braços e nunca mais te deixaria.
PS: Dois anos em que eu sei apenas o que é o amor. : )
2 comentários:
Textos lindos, do ínicio ao fim..
Simplesmente lindo:
"... e meus castanhos olhos pudessem te ofertar uma parte apenas da felicidade com a qual me acomoda... te tomaria no final da tarde..."
Perfeito! E que seja (e)terno.
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