* Para quando Caio chegar *
Sofia agora tem 4 anos, corre até a sala onde estão todos que a cuidam temporariamente, não vislumbra nada dos seus lados (mesmo que nesse momento estejam todos lá), segue até a janela e pára com o que vê.
Sofia não lembrará possivelmente do seu trenzinho de madeira pintado minuciosamente com verniz, nem de seu ursinho rosado chamado "Cerejoca", talvez esqueça também daquela cançãozinha que morava dentro da caixa de música.
Sofia tem 4 anos apenas.
Sofia não lembrará possivelmente do seu trenzinho de madeira pintado minuciosamente com verniz, nem de seu ursinho rosado chamado "Cerejoca", talvez esqueça também daquela cançãozinha que morava dentro da caixa de música.
Sofia tem 4 anos apenas.
Seu vestido tem um corte quase perfeito. E digo "quase" pois Sofia com suas apenas quatro primaveras ainda vestirá roupas mais alinhadas. Não que isso importe, mas Sofia será uma princesa (e isso foi decretado há muito por quem sempre sonhou com a sua vinda).
Sofia tem um vocabulário estreitinho,
curto.
Mas há sentimentos que dispensariam as palavras.
Mas há sentimentos que dispensariam as palavras.
Sofia olha da janela a coisa mais bonita que seus olhos um tanto castanhos um tanto esverdeados poderiam enxergar.
Descem do carro seus pais e têm nos braços um pequeno embrulho (que logo seria um dos três motivos mais importantes da vida de Sofia).
Se Sofia fosse uma criança comum perguntaria:
- O que trouxeram de presente pra mim?
Mas como vocês bem notaram, Sofia tem algo encantador. E ela pensa:
- Que saudade que eu estava deles.
Sofia sai de perto da janela e torna a correr. Dessa vez em direção à porta do apartamento.
A mãe de Sofia emprestou à menina os olhos esverdeados, o sorriso largo e a alma adorável.
Do pai, Sofia recebeu o cabelo quase ruivo (vocês sabem porque o "quase"), o cheirinho bom do lado do nariz e a mania de dizer que está "titi".
Sofia abre seus bracinhos miúdos abraçando em apenas um apanhado seus pais.
Olha pra dentro do pequeno embrulho com a curiosidade que lhe é natural da meninice e fala:
Olha pra dentro do pequeno embrulho com a curiosidade que lhe é natural da meninice e fala:
- Esse é o meu irmão, né?
A mãe olha pra filha ruiva e diz:
- Esse é o outro pedacinho dos nossos corações.
Sofia sorri.
Ao longo dos seus próximos anos,
Sofia poderá esquecer de certas coisas,
mas nunca, nunca mesmo que é um pedacinho de coração.
PS: Porque tu tens razão, a nossa família é bonita. : )
2 comentários:
Oi, amor!
Bah, cheguei a ficar com um chorinho na ponta do nariz. Lindo, lindo. Nossa... aí sim que me dá mais vontade ainda de ter filhos contigo. Te amo muito, sabia?
Tu és o sonho bom realizado bem aqui, na minha frente.
Desde que te conheci só sei rir até o maxilar doer, chorar de alegria e sei o que é AMOR de verdade! TE AMO!
PS - adorei o 'cerejoca'.
Putz... se antes eu quase tinha chorado, nesse cheguei a 'fungar'.
Que imaginação, heim? E que sensibilidade! "Tá loko!" - como diz o Diego.
Que tudo que vcs sonham, realmente aconteça.
Beijinhos.
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