domingo, 25 de novembro de 2007


* NR *

Como de habitual, eles ficaram mais silenciosos quando o fim do dia se aproximou.
Mesmo depois de tantos domingos ainda não haviam se acostumado com as despedidas.

Aquela hora do dia sempre doía.
E não havia como negar.
Ele pensou em deixá-la ver o bilhetinho que tinha escrito num guardanapo amarelo
(que sua mãe havia comprado pra combinar com os azulejos cozinha da casa)
... mas quando o pai dela chegou pra buscá-la de carro não deu tempo. Só foi um selinho e um "tchauamorteamomuito" ligeiro assim.
Ele era assim, meio devagar, quase parando.
Subiu a curta escada, entrou no elevador, tirou a carta do bolso a cartinha e releu sozinho suas próprias palavras.
Estava escrito assim, logo após o desenho de um símbolo que costumava desenhar juntando as letras iniciais dos nomes dos dois...
"- Casa comigo amanhã e depois de amanhã e para sempre?"
Na segunda-feira, ele entregaria o escrito para ela, mas ainda assim dormiria com um sorriso no canto do lado esquerdo dos lábios.
(ele já sabia a resposta dela).

PS: Amanhã te entrego.

2 comentários:

Anônimo disse...

"Aquela hora do dia sempre doía..." que lindo. =]

Anônimo disse...

Ué? Porque tu não me entregou? :(
Mesmo assim, sim, tu já sabes a resposta!
TE AMO PRA SEMPRE, e casarei contigo todos os dias da minha vida.
Obrigada por estar sempre comigo. Eu sempre gostei de azul.
Um beijo... tu me tens por inteirinho inho.
Teu amor.