quinta-feira, 29 de novembro de 2007


* Sobre o amor, borboletas fugidias e sonhos... *

A "menina flor" então pergunta pro menino:
- Com o que tu sonhas mesmo?
Ele coloca a mão no queixo
(nesse momento em nada pensa, quer tomar ela nos braços e passar a noite assim...).
Depois de alguns minutos pensando, diz:
- Ser advogado, passar num concurso, ser gremista para sempre, ter a felicidade toda do mundo, sorrir, desenhar uma borboleta gigantesca na parede do quarto de nossa filha, levar o nosso filho para ver o pôr-do-sol do Gasômetro, ter uma grana bacana, comprar uma casinha na praia no final da vida, um quarto cheirando a almíscar, um lençol que tenha bordado nossas iniciais nele, a televisão desligada, as cortinas semi-cerradas e tu nua na cama. Ser o amor da tua vida. Tudo isso. Não necessariamente nessa ordem.
...
Ela diz:
- Por isso e pro outras que te amo cada vez mais.

PS: Um ano, um mês e alguns dias de poesia.

terça-feira, 27 de novembro de 2007


* Porque hoje (também) é dia de amar *

Esse ardor agora morador constante de seus peitos,
aqueles sonetos declamados,
o vestido azul,
as costas nuas,
as duas tatuagens negras,
o sorriso mais bonito que já ele já viu,
a vontade incontrolável de ser dela,
pessoas com jeito de borboleta,
ele quer expresso,
ela quer pingado, por favor...
um dia de vento,
a porta entreaberta,
vários convidados e
aquela formatura na qual iniciou o romance que vos falo,
a busca pelos sapatos prata (coisas de gente princesa, deixa assim...).
Dois sonhadores.
Não moraram ainda em Paris,
não é ele o cara mais refinado do bairro,
não é ela a moça mais paciente da cidade,
mas uma certeza não falta...
o amor dos dois é o MAIOR do mundo.

PSI: Me sinto a pessoa mais adorável que existe quando estou ao teu lado.
PSII: Por ti, amor, apenas quero ser melhor. : )

domingo, 25 de novembro de 2007


* NR *

Como de habitual, eles ficaram mais silenciosos quando o fim do dia se aproximou.
Mesmo depois de tantos domingos ainda não haviam se acostumado com as despedidas.

Aquela hora do dia sempre doía.
E não havia como negar.
Ele pensou em deixá-la ver o bilhetinho que tinha escrito num guardanapo amarelo
(que sua mãe havia comprado pra combinar com os azulejos cozinha da casa)
... mas quando o pai dela chegou pra buscá-la de carro não deu tempo. Só foi um selinho e um "tchauamorteamomuito" ligeiro assim.
Ele era assim, meio devagar, quase parando.
Subiu a curta escada, entrou no elevador, tirou a carta do bolso a cartinha e releu sozinho suas próprias palavras.
Estava escrito assim, logo após o desenho de um símbolo que costumava desenhar juntando as letras iniciais dos nomes dos dois...
"- Casa comigo amanhã e depois de amanhã e para sempre?"
Na segunda-feira, ele entregaria o escrito para ela, mas ainda assim dormiria com um sorriso no canto do lado esquerdo dos lábios.
(ele já sabia a resposta dela).

PS: Amanhã te entrego.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007


* Treze de outubro *

O seu calendário antes era cinza,
triste,
mofado,
os dias ali se arrastavam,
nada parecia mudar.
Daí ele chegou
(e esse frase pode parecer meio "assim-assim", então eu tomarei cuidado de reescrevê-la).
Então, nos primeiros acordes de setembro, o moço do sorriso mais belo do mundo reapareceu (explicando que meninos príncipes, tais quais os mamíferos irracionais, passam por uma período de hibernação, por isso mesmo que ocorreu de antes eles se encontram e ele não reparar nela).
Ela encheu-se de cor.
Não dá pra explicar o que aconteceu realmente.
Mas ela gritava tanto por dentro que passadas algumas horas do grande encontro ficou rouca.
Dia 13 de outubro começaram a sua história de amor.
E até o calendário ficou feliz,
pois teria ali em escrita "negrito" os nomes dos dois rimando pelo resto dos outubros que ainda viriam.

PS: Tu ficas MUITO bem de azul. :D

quinta-feira, 22 de novembro de 2007


* Ode ao meu único amor *

Sorvete de doce-de-leite,
finais de tarde com a brisa da República nos cabelos,
penugem fina e loira,
a mãe dos meus futuros filhos,
a moça mais bonita,
o sorriso que mais gosto,
a poesia em forma de gente,

o beijo demorado e bom,
a paz que eu procurava,
a delicadeza,
colo morno,
alma gêmea,
abraço demorado,
dias lindos na praia,
libriana com ascendente em mim,
o vestido preto esvoaçante,
a borboleta tatuada no ventre,
és o amor que me faltava.

PS: Porque um dia... um dia... todos encontramos a nossa metade.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007


* Para quando Caio chegar *

Sofia agora tem 4 anos, corre até a sala onde estão todos que a cuidam temporariamente, não vislumbra nada dos seus lados (mesmo que nesse momento estejam todos lá), segue até a janela e pára com o que vê.
Sofia não lembrará possivelmente do seu trenzinho de madeira pintado minuciosamente com verniz, nem de seu ursinho rosado chamado "Cerejoca", talvez esqueça também daquela cançãozinha que morava dentro da caixa de música.
Sofia tem 4 anos apenas.
Seu vestido tem um corte quase perfeito. E digo "quase" pois Sofia com suas apenas quatro primaveras ainda vestirá roupas mais alinhadas. Não que isso importe, mas Sofia será uma princesa (e isso foi decretado há muito por quem sempre sonhou com a sua vinda).
Sofia tem um vocabulário estreitinho,
curto.
Mas há sentimentos que dispensariam as palavras.
Sofia olha da janela a coisa mais bonita que seus olhos um tanto castanhos um tanto esverdeados poderiam enxergar.
Descem do carro seus pais e têm nos braços um pequeno embrulho (que logo seria um dos três motivos mais importantes da vida de Sofia).
Se Sofia fosse uma criança comum perguntaria:
- O que trouxeram de presente pra mim?
Mas como vocês bem notaram, Sofia tem algo encantador. E ela pensa:
- Que saudade que eu estava deles.
Sofia sai de perto da janela e torna a correr. Dessa vez em direção à porta do apartamento.
A mãe de Sofia emprestou à menina os olhos esverdeados, o sorriso largo e a alma adorável.
Do pai, Sofia recebeu o cabelo quase ruivo (vocês sabem porque o "quase"), o cheirinho bom do lado do nariz e a mania de dizer que está "titi".
Sofia abre seus bracinhos miúdos abraçando em apenas um apanhado seus pais.
Olha pra dentro do pequeno embrulho com a curiosidade que lhe é natural da meninice e fala:
- Esse é o meu irmão, né?
A mãe olha pra filha ruiva e diz:
- Esse é o outro pedacinho dos nossos corações.
Sofia sorri.
Ao longo dos seus próximos anos,
Sofia poderá esquecer de certas coisas,
mas nunca, nunca mesmo que é um pedacinho de coração.

PS: Porque tu tens razão, a nossa família é bonita. : )

* Simplesmente amor *

Seremos nós dois um tango improvisado na cozinha de uma casa alaranjada e pequena.
O muro a nossa frente ainda em branco ganhará contornos coloridos, sorridentes e entre uma declaração e outra ali rabiscados, seremos apontados como a descrição do mais puro sentimento.
Deve chegar uma hora em que o sonho passa a ser real.
O meu sonho ganhou nuances de realidade bonita quando te avistei pela terceira vez.
E na terceira vez permaneceste no meu coração.
O amor tem cor púrpura. Só assim explico os finais da tarde com um céu pintado por Deus onde quase sempre te encontro.
O meu suspiro todo é pela menina que tem no canto do lado esquerdo da cabeça uma penugem dourada onde deveria haver cabelo loiro. Ah se vocês também tivesse essa sorte.
Não que o amor seja assim, a (minha) menina loira sorrindo no final do feriado.
O amor, para os senhores, poderá ter uma outra forma.
Mas pra mim a melhor descrição ainda será essa:
nós dois, no final do domingo, com os ombros cansados, com uns jeitos assim sonolentos, mas com o abraço dado. Como se fôssemos um quase um poema.
Estar casado contigo é me propor a todos os dias te conquistar e (re)conquistar.
Esse era para ser um pedacinho de escritos só para te dizer o quanto te amo.
Mas passou um pouco e aproveito para também agradecer as delicadezas compartilhadas há um ano e um mês.
E vamos nós dois, rumo à eternidade.
PS: Haverá uam revanche no "Pif". E o "Joker" não valerá...rs. :D

quinta-feira, 15 de novembro de 2007



* Uma certa canção de amor *

Não foi bem assim que perguntaram a ela sobre como era tê-lo em sua vida.
Bom, para dizer a verdade ela entendeu o rápido questionamento de seu jeito único de ver o mundo.
Perguntaram algo assim:
- Como é estar casada?
Ela entendeu:
"- Como é viver ao lado do amor da tua vida?"
Ela era basicamente uma menina romântica.
Não que vocês sejam obrigados a desculpá-la. Mas cá entre nós. O amor empresta cores fascinantes a qualquer vidinha que um dia foi "mais ou menos".
Ela respondeu deixando as palavras saltarem de sua boca com pressa:
- Estar ao lado dele é como se eu estivesse eternamente de férias. Sabes? Tem sempre aquela brisinha boa no final da tarde dizendo que ainda faltam 21 dias pra janeiro terminar.
Não compreenderam muito bem aquela resposta.
Mas ela sabia que a melhor descrição para aquela sensação que tinha ao lado dele era essa.
O seu coração então bateu mais depressa.
Estava na hora dele chegar do trabalho.

PS: T.A. :D

segunda-feira, 12 de novembro de 2007


* Anis estrelado *

Então fica aqui determinado.
Tu serás para sempre a destinária das minhas cartas de amor.
És pra ti, minha menina de sonhos e doces segredos, que a minha poesia será constantemente declamada.
Porque antes de apareceres eu era um moço cinza, cabisbaixo, chato, inoportuno e triste.
Agora tenho toda a felicidade do mundo (quando estou contigo), segurando as tuas duas mãos.
Como não te amar se quando vimos pela primeira vez a propaganda daquela companhia aérea em que aparecem dezenhas de crianças tu encheste os olhos com lágrima imaginando nossos futuros filhos no mesmo momento que eu?
Como não te amar se tens cheiro (perfumado) de anis estrelado?

PS: Aia, aia, aia e lá vem a praia. :D
PSII: Porque as minhas rimas estão cada vez melhores.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007


* Sobre dois olhos verdes, dois olhos castanhos e o amor *


Ela deveria saber que moraria para sempre dentro do peito dele.
Não que ela fosse distraída, mas a mocinha loira quando acordava (ao lado dele - eles moravam em casas separadas ainda, a grana era curta naquela época), depois de uma demorada "espreguiçada", olhava bem fundo dos castanhos olhos dele e dizia a mesma frase:
- Não me abandona.
Ele com o sorriso habitual que tinha nos lábios (notem bem, sorriso habitual, desde que a conheceu) respondia prontamente:
- Nunca.
O mundo agora era inexplicavelmente belo.
E não digo isso fazendo com que vocês acreditem que todas as manhãs serão brancas, decoradas com neve, com um sol alto e morno no final do dia que faça derreter os corações gelados.
Entendam de uma vez por todas.
As coisas que são monótonas continuarão monótonas, aquela gente chata sempre será desgastante, quem imita tuas falas repetirá de cor (de trás para frente e de frente para trás) os sentimentos (teus) que nunca viveu, o cacetinho irá aumentar de preço, as borboletas irão embora no final da primavera, poderão usar os nomes dos teus filhos, poderão inventar um mascote parecido com o teu. Mas o amor, senhores, esse permanecerá apenas em ti.
E será por ele que acreditaremos que a beleza logo preencherá os lugares todos.
Então, voltando aos dois...
Ela lhe entrega um selinho nos lábios depois da resposta (ou ainda daquela pequenina declaração).
São sete horas da manhã, estão com muito sono, é preciso estudar, trabalhar, pensar no futuro...muitas obrigações.
Sorriem.
Sorriem.
E sorriem.
Já sabem (desde que se viram pela primeira vez) que será para sempre.

PS: O meu amor por ti mudou sim. Ele vem inundando cada vez mais meus poros antes tristes.
PS: A moça Amora e o menino Amor foram feitos um para o outro.

terça-feira, 6 de novembro de 2007



* Da declaração ligeira - parte XXIV *


Se a vissem hoje perto do meio-dia sentada no lugar acizentado trajando tons pastéis...
vocês então compreenderiam o pulsar afoito do meu músculo rubro.


PS: Contigo pra sempre, amor. : )

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

* Amora * ou ainda * A invenção do amor *


Tu estás pensando nela.
E nem adiantaria negares.
O mundo inteiro agora sabe.
A lembrança loira dela não sai dos teus pensamentos.
Quando ela chegou, quase no final do inverno de 2006, tu soubeste. Naquele momento, tu soubeste.
Tu sempre estiveste pronto para quando Deus parasse de sacaneá-lo.
Pois bem, Deus agora resolveu sorrir para ti.
E te mandou aquela que te faz sonhar.
Sonhar com amoreiras gigantescas,
que desabrocham florezinhas brancas, as quais tu juntas e adorna os fios dourados da tua amada. Não tens um amor que um dia apareceu de cavalo branco, armadura reluzente, palavras rebuscadas e jeito presunçoso.
Tens a menina mais bonita do mundo ao teu lado,
tens a futura mãe do Caio e da Sofia,
tens a moça cujo apelido é Amora.
Tens também toda a poesia,
todos os sussurros possíveis do amor ecoar,
tens uma vida grandiosa a ser traçada junto à dela.
Tens a boca que não se cansa de beijar.
Tens os dois seios que cabem nas tuas duas mãos antes solitárias.
Tens aqueles planos apaixonados.
Tens o amor verdadeiro, rapaz.
E simplesmente não dá mais pra negar.

PS: A volta do blog.
PSII: E o nosso amor sempre festejado. :D