domingo, 28 de dezembro de 2008

* Para toda a gente que acredita*
O que dá realmente sentido à vida é o amor.
O amor que é tu e eu rezando pra que o final de semana logo chegue.
Que o apartamento possa ser decorado por nós dois.
É saber que todos meus ensaios líricos terão a ti como inspiração.
O que dá credibilidade ao amor é essa nossa nova tentativa diária de sermos felizes.
O que conserva o amor é saber que não somos pequenas gôndolas desencontradas se lamuriando de solidão nos canais de Veneza.
O amor é saber dosar sorrisos e lágrimas. E dessas últimas saber secar os olhos e esquecer um pouco do lado dorido do mundo.
Amor é ter um algo antes alvacento e agora felizmente fantasiado por essas tuas cores. E tudo que era tristemente esbranquiçado ganha tuas doces matizes variadas.
Amor é ter cada beijo teu como antídoto para dias desesperançados.
Amor é guardar o que há melhor de mim pra ti e não esperar aniversários, natais ou outras datas pomposas pra te entregar. É embrulhar o melhor que tenho num saquinho feito de papel seda alaranjado, amarrar no seu topo um laço de juta dado com capricho e te presentear naqueles momentos complicados.
Amor não se constrói nos afagos apenas. Juntemos tijolos de gentilezas, cimento de abraços apertados, madeira de carinho, tramela de serenidade, pregos de boa vontade e aí poderemos ter um bom começo para a sua construção.
Amor é ter peito forte de muralha e coração de passarinho miúdo.
Amor é beber dos teus olhos verdes todos as manhãs e só por isso já sorrir.
Amor é esperar por ti o dia inteiro e ter a certeza que virás com o teu jeito de flor, me tomará pelas mãos e me fará feliz pelo resto da vida.
Amor ainda é acreditar que existe amor e porque a gente acredita, ele existe.

PS: Para todos um 2009 de amor, amor e amor.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008


Da série postagens antigas - parte XXII - texto do dia 12/12/2006.


* Falando sobre a minha garota *

Num mundo caótico, feio, triste, desesperado... encontrei o amor.
Vieste como enredo de amor mitológico.
Serás para sempre.
É para sempre (e na maioria das vezes falas que é para eu não esquecer a promessa).
(Não esquecerei dela).
Quando eu penso nela lembro de flores amarelas,
do sol que apenas nasce,
da voz rouca,
do jeito involuntário com o qual arruma a bermuda quando corre,
das vezes em que me mostra coisas novas,
de borboletas tatuadas,
de nuca clara,
das (pequenas) indecências (amorosas) com as quais preenche o meu então solitário ouvido,de fios dourados,
de mãos que se sentem tão bem com as minhas,
dos inícios.
Sempre dos inícios.
Nessa última noite sonhei que presenciávamos um nascimento.
E de manhã quase saiu da minha boca "Nosso primeiro nascimento...".
Mas ainda prefiro acordar contigo do que apenas sonhar contigo.
És a representação de delicadezas (em forma de menina).
Acontece que eu estou perdidamente apaixonado por ti.
Acontece que eu quero ainda morar contigo.
(só pra poder ver teu sorriso quando o dia surgir).
Acontece que amor assim é pra vida inteira.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008


* Por hoje e por toda a eternidade *

Deveria ter dito naquele primeiro dia que tenho apenas dois olhos castanhos, alguns centavos no bolso e todo o amor no meu peito bordado pra ti (e por ti).
Deveria ter confessado que sabia amar pouco, pouquinho mesmo. Uma coisa rasa. Que nem cosquinha fazia, entretanto quando tu chegaste nunca mais nada foi assim.
Deveria ter falado que desde daquele momento eu sabia que seria esse compartilhar de amor rotineiro do qual nós dois somos responsáveis.
Deveria não ter omitido que sou sentimento.
(sentimento bonito por teus dois grandes olhos verdes-esperança).
Não existem pétalas sem orvalho após uma noite chuvosa, muito menos meu coração sem teu nome pulsando dentro dele.
Deveria ter gritado quando tu perguntaste sobre a eternidade:
- Oito deitado!!! Oito deitado!!! Ficas comigo pra sempre?
Mas a verdade é que eu sabia que tu aceitarias prontamente o meu pedido.
E eu estenderia com uma das mãos um ramalhete de girassóis ainda fechados, com a outra mão te prenderia entre meus dedos e cantarolaria baixinho em teu ouvido:
"- E eu que era triste, descrente desse mundo... ao encontrar você, eu conheci o que é felicidade, meu amor...".

PSI: " " - trecho da linda canção do Tom. : )
PS II: Te amo, cachorrinho !!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Da série postagens antigas - parte XXI - texto do dia 05/12/2006
* Eternidade *

Veja bem...
não chegaste tarde o suficiente pra que eu pudesse dizer que já não sonhava mais contigo.
A verdade é que tu chegaste.
Chegaste e me preencheu todinho.
Os meus poros tristinhos preenchidos de doçura, de marzipã, sonhos de "pra sempre", cheiro adocicado na nuca.
Te escreveria com palavras perfeitamente ordenadas, palavras bem bonitas. Mas isso é impossível, amor.
Não mais consigo te descrever, apenas sei dessa sensação que agita meu pobre coração.
Me tens por inteira.
(e entendas bem quando falo "inteira").
Antes eu sonhava com príncipes encantados, cavalos alados, purpurina, céu estrelado, castelo de tules.
Pensava também nos plebeus, no beijo do moço que embrulha os saquinhos de leite com jornal de anteontem.
Eu estava com alguém e pensava em mares (de alguéns).
Contigo, é diferente.
Contigo colocarei um anel no dedo correto.
E um dia (desses) casaremos.
Seremos amor.
(aliás, somos amor).

terça-feira, 16 de dezembro de 2008


* De todos os sonhos do mundo, tu és o mais bonito *

Pra dizer a verdade logo no início eu imaginei que seria de passagem.
Eu deveria ter confessado que não esperava nada mais que um beijo,
um abraço estreito,
um sorriso miúdo
e uma dose de coragem.
Só isso eu esperava que tu viesses a me oferecer.
Mas como o destino está sendo constantemente bordado, enfeitado, refeito posso te dizer.
Quando me entregaste os sentimentos de estrelas eu pude entender.
Eu acordo no meio da madrugada e procuro as tuas mãos, e trago elas pra perto das minhas, olho o relógio e fico torcendo que eu ainda tenha umas cinco horas pelo menos ao teu lado. Mas os ponteiros quase sempre me decepcionam.
E se antes eu procurava um caminho, descobri esse ao teu lado, ligado, unido (todas as vezes).
Querida, amar não é verbo.
Amar é sonho concretizado dos meus olhos castanhos que finalmente encontrarem os olhos verdes teus.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Da série postagens antigas - parte XX - texto do dia 03/12/2006


* Da primeira promessa *

Porque apenas hoje eu não me sentirei culpado por uma felicidade que me embala.
Que toma conta dos meus poros.
Uma sensação assim que aqueles senhores cinzas, infelizes, que quase sempre suicidam (os amores, a alegria, as vontades), feios, que julgam os outros, os quais dizem que aquelas que amam (verdadeiramente) usam máscaras... simplesmente não entenderiam.
Me ofereceram um coração, um lar, uma canção.
Um sorriso, um afago, uma sombrinha pequena (cor vinho) pra dias chuvosos.
Me deram confetes, serpentinas (e como numa marchinha bem pequenina, bonita e por vezes até empoeirada - ela me fez carnaval... lálá lárilálá).
Só hoje, senhores cinzas, esqueçam um pouco da tristeza,
de algemarem os desejos que não existem mais,
de franzirem a testa,
de dizerem que não farei falta.
Só hoje... me dêem a liberdade.
E me deixem passear com ela (no final da tarde).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

* Sobre a verdadeira beleza *

Aqui, bem aqui se encontram aqueles dois que se amam.
Os que se protegem quando outros querem amedontrá-los.
Aqui estão os bonitos de cara e de alma.
Os dois que sonham com um futuro delicadamente bordado de sonho, gestos de carinho e coragem.
Dois que agora são dois e um dia serão quatro (Caio e Sofia não demorarão para chegar).
Dois que vêem o mundo com outras cores,
outros sabores,
outros tons (aqueles que eles que são chatos, amuados, sem graça não enxergam).
Dois que respeitam.
Respeitam as normas e apenas certas regras desobedecem, por serem um tanto cautelosos. Há certas coisas chatas que fazem o mundo girar. E eles não desafiarão as etiquetas por pouco, mas quando se tratar desse amor, o assunto é outro.
E, senhores, vocês hão de convir comigo, pelo amor SEMPRE vale a pena lutar.
E aqueles dois juntos são geniais,
bacanas,
descolados.
Quase-quase perfeitos. Porque perfeição demais enjoa.
Logo, ele de vez em quando falará mais alto quando discordar de algo.
E ela será meio indelicada quando nervosa tiver tempo estipulado para se arrumar para aquela saída.
E ainda assim se amarão.
(Porque sentimento como aquele é coisa rara).
Reclamarão do preço alto do pão-de-queijo.
Ficarão chateados quando não sobrar grana para as férias tão esperadas.
E tristes quando não os quererem por perto (pelo "burro" medo da diferença).
Mas serão os dois bem felizes por estarem juntos.
Aqui (dentro de versos sobre o amor) se encontram aqueles dois que se amam.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Da série postagens antigas - partes XVIII e XIX - textos dos dias 21 e 22/11/2006.


* Da conversinha matinal *

- Teus olhos são realmente verdes?
- Bom, eles variam de acordo com a roupa. Mas são verdes sim. Por que, amor?
- ada não... estava lendo uma coisa e lembrei de ti, amor. Apenas isso. Aliás, eu sempre estou fazendo isso, lembrando de ti.
- ...
- Te amo.



* A carta que nunca te entreguei *

Olá,
não irei ao encontro de hoje.
Não irei porque morro de medo de ti.
Tenho pavor da idéia de abrir uma porta, te encontrar do outro lado e ter certeza que quero passar a minha vida contigo.
Então prefiro não abrir a porta.
Prefiro pensar o quanto seria bonito nós dois.
Mas me desculpe, hoje não irei.
Queria apenas sonhar pra sempre com a possibilidade de te encontrar hoje.
Levaria três gérberas amarelas (e diria que amarelo é cor da amizade. Mentiria descaradamente pra ti. Mesmo querendo até que dolorosamente que aquelas gérberas fossem rosas, ou vermelhas que explicariam essa ardência que me consome agora).
Eu gaguejaria teu nome ao falar no interfone (e tu quase não notarias).
Não perceberia o meu nervosismo por causa da tua ansiedade também.Tu abririas a porta, eu teria certeza, tu terias certeza. Mas ficaríamos mudos.Tu me darias um presente. Me daria um livro do Caio. Eu não chutaria o título do livro que me darias de presente. Mas seria do Caio.
Eu pegaria o livro nas mãos, pularia rapidamente pra contracapa. Procuraria uma dedicatória. Não haveria nenhuma. Mas logo em seguida tu falarias:
- Ganhei a aposta.Eu ficaria quente.Eu sou quente, mas ficaria mais quente ainda.
Sorriria um sorrisinho assim apático (e por dentro estouraria em cores, tules, confetes, brocais).
Mas apenas te doaria uma risadinha.Sentaríamos numa grama tão verde quanto teus olhos.
E eu diria que pensei em ti todos os dias (em que não esteve aqui).
Mas não irei ao encontro.
E pretendo te enviar esse e-mail quando ficar um pouco tarde pra eu poder chegar e tu lembrares que nunca faço alguém esperar.
Continuarei por aqui.
Espero que tu sejas feliz, mas bem feliz mesmo.
Que encontre alguém que te inspire poesia, suores, canções, abraços apertados.
Eu não sou a pessoa pela qual tu esperavas.
Eu sou medrosa, desencorajada.
E triste. Desculpe.
Te procurarei numa próxima vida.
Não quando formos gatos, meninos pequenos, cachorros vira- latas... mas quando tu chegares antes e quando eu for mais corajosa.
Apenas saiba que eu te amo (e isso é verdade e apenas hoje terei força pra te dizer isso).
Abraço, eu.