* Sobre hora certa, cafés e amor *
O nome dele não é Augusto.
O nome dela não é Cecília.
Mas faz de conta que hoje eles dois têm esses respectivos nomes.
Vocês, como eu, não se preocupam com os nomes reais deles,
o endereço onde possam remeter cartas perguntando sobre como vão,
os tipos sangüíneos,
as alturas, pesos, números das carteiras de trabalho.
Vocês, assim como eu, querem saber sobre o amor.
Então eu vos conto sobre o amor.
Ele não é realmente Augusto,
ela não se chama Cecília.
Mas algo essencial compreender é que eles se amam.
Eles já estão há quase dois anos juntos.
É claro que alguém (não munido de flores por dentro) dirá: " Só isso? ".
E um dos dois (Augusto ou Cecília - mesmo não sendo esses as suas alcunhas reais) retrucará: "Realmente, só faz esse pouquíssimo tempo que passei a sorrir".
Augusto e Cecília, que fique sabido, se amaram desde o princípio.
(Augusto antes do princípio ainda, porque o seu primeiro amor foi Cecília. Mas Cecília ainda não sabia da existência do rapaz. E essa história fica para uma próxima vez.)
Cecília tinha passado por uma separação. Tinha se decepcionado com qualquer tentativa de relação amorosa que pudesse ainda existir. Mas conhecer Augusto naquela sexta-feira de julho, fez dela uma moça esperançosa novamente.
Augusto estava recluso num relacionamento triste. Não era culpa dele ou de quem com ele se relacionava. O pecado era tentar preencher as lacunas com alguém que não era feito para ele. E vice-versa.
Só que um dia Cecília se atravessou em meio a um sucedâneo de erros (que era a vida que Augusto levava até ali). E Augusto ficou atônito. Não sabia onde colocar tanto amor assim. Acalmou-se um tanto quando Cecília o convidou para um café e disse que tudo ficaria bem.
O que eu esqueci de dizer é que Augusto que não se chama Augusto, era um cara cético. Daqueles teimosos mesmo. E ele não amoleceria nem com uma boa explanação.
Mas algo mudou naquele instante. Augusto viu em Cecília a sua chance.
Augusto colocou Cecília em sua vida.
Daquele primeiro café, Augusto lembra do calor que sentiu.
Da mão de Cecília sobre sua perna direita. Como o modo que ela segurava a xicrinha de "cortado" e do modo como o objeto não parava de sacudir. Sobre o nervosismo de ambos. Da conversa que envolvia um "daquiaquarentaanosquandoestivermosvelhinhos".
E o cético Augusto foi tomado de certezas.
Realmente Cecília tinha razão.
Desde então está "tudo bem".
PS: Para o meu "Augusto". Para a minha "Cecília". : )
4 comentários:
Essa deu nó na garganta. Que golpe baixo, Naty!!! rs
"O pecado era tentar preencher as lacunas com alguém que não era feito para ele. E vice-versa."
Me lembrou a canção que Marisa canta no CD Tribalistas, "Pecado é Lhe Deixar de Molho".
Acho que alguém precisa ler isso aqui... rs
A história de "Augusto e Cecília" é uma das mais lindas que já vi.
Beijos mil!
Felicidades!!! :D
Mas que sacode!
Que sempre fiquei tudo bem com "Augusto" e "Cecília" =)
Perfeita. Faz a gente sonhar...
Viu?
Eu disse, amor. Eu disse mesmo que tudo ficaria bem. E ficou. E sempre estará.
Te amo mais que tudo!
Um beijo para a menina mais humble do mundo! :)
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