sexta-feira, 17 de julho de 2009

Da série postagens antigas - parte XXXIII - texto do dia 08/02/2007

* Nestor e Rosinha *

Nestor estava um tanto empolgado naquela manhã, naquela roda de amigos em que se encontrava pediram para descrever Rosinha.
Ele pensou um pouco, olhou as pontas dos dedos, lembrou do dia em que foram ao Gasômetro pela primeira vez, do sorriso escancarado da sobrinha dela com os dois, dos vários almoços que já tinham feito juntos, das oportunidades todas em que se amaram (e como se amavam), das três minúsculas colheres de açúcar numa imensidão de café e leite que Rosinha tanto gostava, das conversas no final do dia, dos lábios encostados, da saia branca dela que deixava à mostra aqueles joelhos (depois da praia) morenos, da facilidade do riso junto a ela, do contorno da clavícula mais bela que ele já tinha visto, da "vontadedecasarhojemesmoeserfelizprasempre", dos bilhetes trocados, do apelido que ela havia lhe dado, da penugem loira concentrada no lado esquerdo da testa que nunca crescia, dos tão esperados finais de semana, da alegria em ter encontrado a sua metade, dos quase quatro meses, da mulher mais delicada, interessante... que ele conhecia.
Mas resolveu ser um tanto breve e respondeu:
- Ela é o amor da minha vida. Ela é a última.
Olharam para o Nestor com caras surpresas.
O que sabia afinal um cara de vinte e pouco anos sobre o amor?
Nestor sabia pouco do amor... mas todo o amor aprenderia confortado nos braços de Rosinha.

PS: Só o amor é possível. : )

6 comentários:

Anônimo disse...

Só o amor é possível mesmo... Lindo texto!

Be Lins disse...

"Só o amor é possível".

Repetirei assim,
como uma oração.

Um beijo, Natália.

*

Teu Amor disse...

Eu gosto do Nestor e da Rosinha.
E gosto do Frederico e da Muriel.

TE AMO!!
Beijos.

Anônimo disse...

Lindo!
Suas palavras são sempre mágicas!

Mary disse...

Palavras delicadas alcançam funda a alma da gente...

Mary disse...

Palavras delicadas que tocam a alma... é tudo isso que você escreve!