* Nestor e Rosinha *
Nestor estava um tanto empolgado naquela manhã, naquela roda de amigos em que se encontrava pediram para descrever Rosinha.
Ele pensou um pouco, olhou as pontas dos dedos, lembrou do dia em que foram ao Gasômetro pela primeira vez, do sorriso escancarado da sobrinha dela com os dois, dos vários almoços que já tinham feito juntos, das oportunidades todas em que se amaram (e como se amavam), das três minúsculas colheres de açúcar numa imensidão de café e leite que Rosinha tanto gostava, das conversas no final do dia, dos lábios encostados, da saia branca dela que deixava à mostra aqueles joelhos (depois da praia) morenos, da facilidade do riso junto a ela, do contorno da clavícula mais bela que ele já tinha visto, da "vontadedecasarhojemesmoeserfelizprasempre", dos bilhetes trocados, do apelido que ela havia lhe dado, da penugem loira concentrada no lado esquerdo da testa que nunca crescia, dos tão esperados finais de semana, da alegria em ter encontrado a sua metade, dos quase quatro meses, da mulher mais delicada, interessante... que ele conhecia.
Mas resolveu ser um tanto breve e respondeu:
- Ela é o amor da minha vida. Ela é a última.
Olharam para o Nestor com caras surpresas.
O que sabia afinal um cara de vinte e pouco anos sobre o amor?
Nestor sabia pouco do amor... mas todo o amor aprenderia confortado nos braços de Rosinha.
PS: Só o amor é possível. : )
6 comentários:
Só o amor é possível mesmo... Lindo texto!
"Só o amor é possível".
Repetirei assim,
como uma oração.
Um beijo, Natália.
*
Eu gosto do Nestor e da Rosinha.
E gosto do Frederico e da Muriel.
TE AMO!!
Beijos.
Lindo!
Suas palavras são sempre mágicas!
Palavras delicadas alcançam funda a alma da gente...
Palavras delicadas que tocam a alma... é tudo isso que você escreve!
Postar um comentário