terça-feira, 28 de julho de 2009

Da série postagens antigas - parte XXXIV - texto do dia 12/02/2007.

* Da espera *

Te esperei a vida toda, a minha existência todinha.
Achei que irias demorar. E demorou (um bocado).
Revendo ontem a fita do lugar onde nos reencontramos (e dessa vez não foi em sonhos), vi como tudo já estava planejado.
Tínhamos tudo para escrever um roteiro adaptado e sermos premiados com ele.
Havia a moça de saia vermelha, o sorriso bobo no meio do salão, a pequena espiadela, a voz dela com um tom rouco, os lábios dele querendo dizer "oi".
Note bem, tudo estava perfeitamente ajeitado.
A irmã "má", apresenta o casal (e a culpa de nossa felicidade seria dela).
Quer dizer... eu me lembraria de ti.
Tu não me reconhecerias... afinal eu sempre me reiventei. Eu era praticamente uma reclusa. Morava num quarto laranja, com objetos aborrecidos, uma vidinha amena, um ou outro sorrisinho, acreditava demais em certa gente cinza, ah sim... e eu tinha que conviver com isso pelo resto da vida.
Mas aí... quando fomos "reapresentados" pela irmã (que não é tão má), eu sorri.
Eu entendi a sutileza de pequenos detalhes que sempre estiveram ali.
Eu vi que meus dias poderiam ser emocionantes.Que meu coração poderia quase sufocar quando te encontrasse.
Que meus amigos poderiam ser realmente leais.
Eu vi que meu quarto poderia ser verde. Verde-esperança.
E que eu poderia ter a Marilyn sorrindo pra mim até o fim do dia.
Que eu poderia forrar a porta do meu armário com fotos tuas.
(e em todas tu aparecerias com aquele sorriso que sempre me quebra).
Que eu poderia ter contigo tudo de mais bonito.
Que eu poderia te abraçar em plena República e essa rua se tornaria mais poética ainda.
Contigo eu compreendi o verdadeiro significado de "amar".
"Amar" é ir te buscar após um dia ruim no serviço, tu reclamar um bocado dos teus colegas, do expediente chato... mas rir no fim de tudo isso e dizer:
"Amor, sexta está chegando".
E está chegando... é logo ali.
Te entregarei todas as horas... o meu melhor.
Terás a minha pureza.
A minha lealdade.
A minha risada desenfreada.
Meu andar "gracioso".
Meus fios vermelhos.
Meus olhos devidamente pintados e meus suspiros.
Serei pra sempre teu sol... (porque tu sim és a flor que mais combina com essa palavra).
Meu girassol.
E não haverá dia nublado que possa nos atrapalhar.


PS: O (teu) amor me salvou.
(PSII: Um beijinho estilo "Homem-Aranha" pra ti. : ) )

terça-feira, 21 de julho de 2009


* Da jura *

Eu prometo ser bacana mesmo quando o dinheiro no final do mês for curto não podendo comprar pra ti um ramalhate de flores amarelas (girassóis ou gérberas que gostas). Não te deixarei na mão. Entrarei escondido nos quintais das casas vizinhas e furtarei um punhado de flores de laranjeira e farei com elas uma pequena coroa para que tu finalmente sejas devidamente reconhecida como eterna princesa (da minha vida).
Prometo te entregar doses homeopáticas de felicidade, daquela com que estás acostumada. Me proclamo teu fiel escudeiro para te fazer sorrir nos ligeiros momentos em que deixamos de sonhar por causa desse pessoal que só sabe machucar os outros, esse pessoal que é esnobe, piegas, grosseiro. Por causa desse pessoal, querida, arranjaremos ainda mais razões pra sorrir. Conhecemos todas aquelas canções para dançarmos os dois no meio da sala e termos certeza que sim, a nossa história é destino.
Prometo ter por ti tanto sentimento quanto as milhões de pequeninas sardas que moram na pele da Anamaria (que me confidenciou hoje que também encontrou o amor).
Prometo que o verbo "amar" será o mais conjugado quando nós dois morarmos juntos.
Prometo te ajudar a trocar as fraldas das crianças até no meio da madrugada. Acordarei antes de tu abrires os dois olhos verdes (esperança) e quando voltar correndo pra nossa cama me aquecerei no teu corpo morno e direi: Sou o cara mais sortudo de todo o mundo. Te encontrei.
Prometo permanecer longe de preconceitos e censuras. Desejarei o que houver de melhor para aqueles que um dia nos feriram (e eles talvez esqueçam da nossa doçura, nossa vontade de melhorar e parem com essa invejinha que é coisa tão pouca).
Te prometo abraços sem fim, um bom amigo, confiança, caráter, poesia, mini tortas recheadas de doce-de-leite e castanhas.
Não prometo ser o homem mais bonito que irás conhecer, mas farei de tudo para ser mais cavalheiro, bondoso, respeitoso, elegante, descolado e charmoso que tu poderias imaginar ou desejar.
Prometo te lembrar pelo resto das horas como me apaixonei quando a vi naquela foto com camiseta branca, cabelo loiro esvoaçante. E dos sonhos que passei desde então a ter contigo.
E prometo estar ao teu lado no dia em que os anjos de Deus vierem nos levar embora (pro céu anil).

PS: Um brinde ao amor. E um brinde à Anamaria, que agora tb é uma sortuda.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Da série postagens antigas - parte XXXIII - texto do dia 08/02/2007

* Nestor e Rosinha *

Nestor estava um tanto empolgado naquela manhã, naquela roda de amigos em que se encontrava pediram para descrever Rosinha.
Ele pensou um pouco, olhou as pontas dos dedos, lembrou do dia em que foram ao Gasômetro pela primeira vez, do sorriso escancarado da sobrinha dela com os dois, dos vários almoços que já tinham feito juntos, das oportunidades todas em que se amaram (e como se amavam), das três minúsculas colheres de açúcar numa imensidão de café e leite que Rosinha tanto gostava, das conversas no final do dia, dos lábios encostados, da saia branca dela que deixava à mostra aqueles joelhos (depois da praia) morenos, da facilidade do riso junto a ela, do contorno da clavícula mais bela que ele já tinha visto, da "vontadedecasarhojemesmoeserfelizprasempre", dos bilhetes trocados, do apelido que ela havia lhe dado, da penugem loira concentrada no lado esquerdo da testa que nunca crescia, dos tão esperados finais de semana, da alegria em ter encontrado a sua metade, dos quase quatro meses, da mulher mais delicada, interessante... que ele conhecia.
Mas resolveu ser um tanto breve e respondeu:
- Ela é o amor da minha vida. Ela é a última.
Olharam para o Nestor com caras surpresas.
O que sabia afinal um cara de vinte e pouco anos sobre o amor?
Nestor sabia pouco do amor... mas todo o amor aprenderia confortado nos braços de Rosinha.

PS: Só o amor é possível. : )

terça-feira, 14 de julho de 2009


* Apenas o início *

Num mundo monocolor onde todo mundo encasqueta com desfechos de relacionamentos, nós dois somos o oposto.
Comemoramos todos os dias como se esses fossem os primeiros da descoberta do amor.
E isso não se deve apenas à minha fama de príncipe de mocinhas já desencorajadas.
Não tenho um cavalo branco.
Nem uma armadura reluzente.
Muito menos um castelo majestoso.
Mas, senhores, tenho meu coração e esse amor desmedido por ela.
Decretei num pseudo-reino, num calendário com datas comemorativas reais, que o dia de hoje fica sendo o "Dia da Felicidade Amarela".
Então a comemoração é para mim e pra ela...
(e como não sou cruel, para quem ainda acredita no amor).
A minha vontade é de ser dela.
É como se ela pintasse cor por um mundo antes monocromático.
É como se ela fosse o meu conto de fadas (por tantas vezes ultrapassado para alguns) de ser feliz para sempre.
Conhecem todas as tonalidades que moram numa asa esquerda de uma borboleta?
Pois bem, é assim que agora vejo a vida (por causa dela).

PSI: Contigo sou capaz de ver a vida como se fosse um épico de "Caio Fernando" com final bonito.
PSII: Querida Gaby, roubei a "felicidade amarela". Adorei isso! Obrigada pelo carinho de sempre.