segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Da série postagens antigas - parte XXIV - texto do dia 15/12/2006.


* Sobre Fernanda e Catarina * (ou * Sobre o primeiro dia e os outros que ainda virão* ou ainda *Valsinha para duas meninas antes perdidas*)

E se ela quisesse todas as marias-sem-vergonha do mundo, Catarina recolheria as flores exaustivamente e no final da tarde bateria no número 102 e teria um sorriso nos lábios ainda como brinde.
Fernanda passaria o dia tentando tirar a letra de "Blue Moon" no violão só pra fazer Catarina feliz.
Catarina ouviria a canção e baixaria os olhos.
Quase não acreditaria que perdera tanto tempo sendo infeliz.
Nunca tinha ganhado declarações de amor assim.
Era assim no máximo um "Não esqueço de ti". Mas era da boca pra fora. Acabaram esquecendo dela (coisa que Fernanda não faria).
Fernanda tinha uma voz que deixava Catarina no céu.
Catarina agora sabia como era o céu quando Fernanda cantava.
Fernanda havia chorado muito. Entregara seu coração, seu lar, seus anseios. E não souberam zelar por isso tudo. E num dia qualquer de maio pegou sua pequena mochila e foi embora. Resolveu ser feliz.
Catarina demorou mais para deixar o mundo triste que habitava.
Demorou porque fizeram-na crer que aquilo era amor.
E ela já quase não sabia o que era amor.
Mas Fernanda então chegou.
E no primeiro dia entregou-lhe "Morangos Mofados" (do Caio que parecia embalar aquele amor que deveria estar escrito nas estrelas que mais brilham no céu).
E Catarina sorriu.
Catarina entregou-lhe um olhar terno bem demorado e seu coração (que não estava tão embrulhadinho quanto o presente).
Passaram a tarde embaixo de um sol (que judiava) num parque qualquer.
Catarina queria tanto um beijo. Mas faltava-lhe a coragem.
Passaram semanas até aquele momento ocorrer.
Catarina quis pagar a aposta que fizeram antes mesmo de se conhecerem.
Não havia ganhado o Alpino, mas ganharia um beijo daquela menina que lhe tirava o sono.
E no momento que juntaram as bocas, as duas bocas rosadas, finalmente entenderam.
Era o irremediável amor que lhes circundava.
Desde então Fernanda (que não se chama Fernanda) e Catarina (que tem um outro nome que nem rima com esse) vem sendo felizes.
E o mundo anda muito mais colorido.

6 comentários:

T disse...

Que fofo!

Anônimo disse...

Sou fã das tuas cominidades e a pouco tempo venho aqui no seu blog todos os dias....
Vc é otimaaa..rsrs
bjão

Sammyra Santana disse...

Meu Deus que honra!
Fiquei feliz, feliz em ver que deste uma borboleteada em meu blog! Sabe por quê? Porque foi lendo o seu que tive vontade de escrever o meu!
Acho lindas as histórias de amor aqui contadas (me lembram um pouco minhas histórias da Menina e o Coração)...
Consigo enxergar aqui todas as entrelinhas, todo afeto, todo sentimento empregado em cada palavra!
Volte sempre, dona moça!
Abracinhos!

Guigo Sanches disse...

lindo texto, me faz crer de novo em tudo isso! que estrelas brilham quando almas amantes se beijam!

Anônimo disse...

Adoro tuas postagens, são lindas! Te indiquei no meme que consta lá no meu blog! Depois vc olha!

Beijo*

Anônimo disse...

Oi... :)
Eu amo te amar.
Estarei sempre contigo!

Um beijo.