sábado, 29 de março de 2008


* Da última conversa do dia... *

Ele, um tanto sonolento, falou no ouvido dela:
- Fica comigo para sempre?
Ela sorriu, um sorriso calmo e bonito, e respondeu:
- Claro. Mas tu vais me agüentar pelo resto dos dias?
Ele então disse:
- Não...
Aquela palavra lhe deixou com a pulga e toda a família da pulga atrás da orelha, mas ele logo completou:
- Não irei te agüentar, irei te amar pelo resto dos dias.

PS: Porque eu simplesmente AMO os finais de semana. :D

quinta-feira, 27 de março de 2008


* Sobre as coisas que faltaram ser ditas *

Todos os amigos sentados, reunidos num sábado à noite numa cidadezinha mágica do interior do Rio Grande do Sul.
Após a comilança era precisa fazer a digestão com coisinhas assim amenas e doces.
Deve ter sido por isso então que o rapaz de barba perguntou pro moço ruivo as coisas que fizeram com que ele se apaixonasse por aquela menina loira.
Ele sorriu, não que estivesse confuso e não lembrasse mais das oitenta nove razões por ter se aproximado dela, mas num só momento não se recordaria de todos os atributos que sua "antesnamorada,agoranoivaefuturaesposaemãedeCaioeSofia" possuía.
Falou alguns pontos importantes... como àquela ida ao show do Los Hermanos quando ela nem conhecia algumas canções que hoje são hinos do amor dos dois.
Mencionou o quanto ela era bonita.
Bonita de verdade.
Nem a Lady Di era tão bonita quanto ela.
Ela tinha aquela dádiva de ser tão linda através de seus poros como por dentro deles (dentro da alma, dentro do músculo pulsante).
Nem mil beija-flores sobrevoando juntos teriam mais beleza.
Falou sobre a inteligência dela tanto para coisas lógicas quanto como para coisas do coração.
E sobre os abraços apertados.
Esqueceu de dizer sobre a vez que ela contou do pintinho de estimação que era dela e dos irmãos. De tanto o amarem e apertarem, o pobre bichinho durou alguns dias apenas, mas também teve um dos funerais mais bonitos de Encruzilhada do Sul.
Não lhe veio à cabeça dizer sobre as gentilezas que ela lhe entregava diariamente.
Como naquele dia que caminharam muito para encontrar um guarda-chuva prateado em que coubessem os dois. Um utensílio que para ele era "indispensável" e ela compreendia.
Faltou falar das quatro mãos que sempre se encontravam por baixo das mesas.
Sobre como é bom colocar a perna por cima da cintura dela e ficar horas deitado pensando sobre um futuro tão bom, mas tão bom que nem querendo poderia descrevê-lo inteiramente.
Faltou dizer que apenas agora ele compreendia realmente o que era o amor
(e isso por si só bastava).
PS: Nem preciso dizer que dia é amanhã, né? :D

terça-feira, 25 de março de 2008


* Quando a segunda-feira chega... *

A velinha azul, que representa o pedido de Maria Flor para encontrar logo um moço alto, loiro, leal e que se dê bem com crianças, se apaga.
A estrela no céu que estava deprimida pois não tinha mais o brilho de outrora resolveu se suicidar. Virou então cadente.
Os meninos ficaram tão tristes que nem conseguiram terminar a partida de bolitas.
Os peixinhos do mar não ficaram mais se mandando beijos com as bocas que antes não paravam um minuto sequer. E chateados se esconderam por entre as algas.
Os morangos de tanto chorarem, se tornaram mais líquidos e foram acabar em cima de biscoitos, em forma de geléia.
As cerejeiras não deram uma cereja sequer.
Os dedinhos que formavam um coração com suas pontas naquele momento não se encontraram.
A senhorita pobre, mas ainda assim corajosa, modesta, bonita, alegre, inteligente que era a "mocinha" do filme nunca encontrou o príncípe encantado.
O sol foi embora, para trás das montanhas onde não mais conseguimos enxergá-lo.
A dor de cabeça atormentou por horas o poeta.
A torta de chocolate brigou com os ovos moles. Coitadinhas das castanhas açucaradas que acabaram órfãs.
E o meu músculo "amoreado" ficou triste e solitário...
quando na manhã de segunda ela teve que ir embora.


PS: Mas ainda assim ele (meu coração) voltará a sorrir no final da tarde, quando nós dois estivermos abraçados.