domingo, 17 de outubro de 2010



* Dos quatro *

Quatro são as folhas do trevo da sorte.
Quatro são as mãos unidas que parecem orar uma rezinha para festejar o "para sempre" feliz.
Quatro são as tentativas que fiz antes de te dizer que já te amava.
Quatro são os anos ao teu lado. Quatro serão as décadas junto a ti.
Quatro eram os moços de Liverpool.
Quatro é um número par, e como eu prefiro os números ímpares, torço que logo chegue o nosso aniversário de cinco anos.
Quatro pegadas da Tinoca demarcando a cozinha.Quatro caras com vozes maravilhosas cantando "My girl".
Quatro é o número de letras da rua em que iremos morar.
Quatro são os países que conhecemos.
E quatro são os países que ainda conheceremos na nossa Lua-de-Mel.
Quatro são os minutos que doem quando estou longe de ti.
Quatro segundos é o tempo que dura o sonho.
E mais quatro segundos para que eu te veja ao meu lado, e saiba que o sonho não acabou.
Quatro netos (um dia, um dia).
Quatro são tu, Caio, Sofia e eu sorrindo até dar cãibra no canto da boca.
Quatro é amor.



domingo, 3 de outubro de 2010

Da série postagens antigas - parte XLI - texto do dia 20/04/2007


* Sobre nós dois (que amamos) *

Ela, ainda sonolenta, disse deitada na cama apoiando os dois pés na parede (com aquela preguiça que não a deixa):
- Que cor será o amor?
Ele ficou pensando.
O amor não deveria ter uma cor apenas.
Deveria ser assim como um arco-íris.
Antes de dizer qualquer coisa, a olhou novamente.
A camisola branca com uma bonequinha em tonalidades roxas, rosas, amarelas enfeitavam a roupa, sem meias, sem sutiã (ou qualquer outra coisa que a oprimisse).
Um pedaço da calcinha conseguiu enxergar.
Talvez fosse cor de pele, creme, rosinha bebê, cor de pêssego ou algo assim.
Então finalmente respondeu:
- O amor tem a tua cor.
(riram os dois. Todos os dias quando eles estavam juntos eram bonitos. Eram, enfim, um belo par).