segunda-feira, 14 de setembro de 2009


* Breno e Olívia *

Foi numa dessas ocasiões que ninguém saberia bem explicar em que se encontraram pela primeira vez. Breno relembra dizendo da casa de teto alto. Do telhado acinzentado em que pousaram duas pombas pardas. Uma voou para longe logo no início, a outra permaneceu ali e com a memória curta e pequena das pombas fez uma prece baixinha para que o amor acontecesse ali. Breno recorda de passagens que nenhum outro cara lembraria.
Olívia, ao contrário, tem dificuldade em guardar os momentos líricos. Sabe dizer que naquele dia vestia uma bota marrom tabaco com diminutas escamas sobrepostas na frente e laterais. E que cantou três canções naquele palco. Uma delas para Breno, para os olhos (que sorriam) de Breno.
Olívia era um tanto incrédula para esses assuntos do coração. Bastaria para ela alguém que fosse gentil, que tivesse tosse “educada” e que não proferisse palavrões durante os jogos do Grêmio. Olívia achava que não exigia tanto. Ah sim, e fidelidade. Fidelidade de ideais, como ela mesma definira.
Breno desejava uma garota que tivesse a sua altura. Não gostava de ter que se curvar para abraçar. Não que fosse preconceituoso em relação às baixinhas, mas queria tanto encontrar uma moça de 1,70 ou pouco mais. Tinha a cisma que assim poderia se entregar mais num bom abraço. Breno era assim, afoito, pura emoção. Se jogaria aos pés de Olívia se ela tivesse dito um pouco antes que aquela canção era pra ele. Nada feito. Olívia não confessou o seu interesse. Breno calculou que ela tivesse cerca de 1,74 de altura. Sorriu.
Esqueci de mencionar o que unia profundamente Olívia e Breno, a predileção pelo Tricolor Gaúcho e a teimosia.
Quando terminou de cantar, Olívia sentou-se junto a Breno. Breno gaguejou um pouco. Era gagueira de emoção, como gostava de dizer.
Olívia insinuou-se um pouco. Mulheres são elegantes nesse ato.
Breno quase derrubou a Coca-Cola que tomava. Homens são péssimos nesse tipo de investida.
Apesar da boa memória, Breno não sabe dizer o que aconteceu. Olívia, muito menos.
De uma hora para outra estavam sentados num degrau, no segundo lance de escada daquela casa com as mãos já unidas (como fazem há “quase-quase” três anos).
Haviam criado, os dois juntos, uma possibilidade de amor.

4 comentários:

Teu Amor disse...

Amor,

Uma possibilidade que virou DEFINITIVA!
E todos os dias eu te amo, cada vez mais.

TE AMO PRA SEMPRE!

Beijos do teu amorr!!!

T disse...

É o Amor é simples assim *-*

Mais e mais felicidades pra vocês.

ROBERTA disse...

Voltei... Lindo!
Besos da filhota

Lela disse...

Como é lindo tudo isso!!

O mais lindo é ver as cenas dela e dele se fomando nas nossas mentes. Vejo os dois (que se completam em tudo, até na cor) sentados no segundo lance de escada da casa com as mãos dadas. E até os imagino torcendo pro grêmio. E iamgino tbm como deve ter cheiro de amor a casa de vcs.

Quero tbm poder completar quase-quase três anos. E uuma vida! Que é o que desejo pra vcs!